O coronel Araújo Gomes, comandante da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina, falou sobre “Crise e Continuidade dos Negócios” na reunião da ACIJ, onde abordou a crise instalada diante da recente paralisação dos caminhoneiros.
“A minha vinda aqui tem um valor especial, pois inicia uma última etapa de operação voltada para a redução do impacto da Greve dos Caminhoneiros em Santa Catarina e no Brasil, ação que fizemos junto com as forças de segurança e com o Governo do Estado”, afirmou Araújo Gomes.
Segundo ele, Santa Catarina teve 189 barreiras, um grande número se levarmos em conta o tamanho do Estado. “Montamos uma capacidade de escolta de 300 a 350 carretas dia, mas tivemos essa estrutura parcialmente ociosa”.
Para o comandante, faltou um plano de contingência entre poder público e setor produtivo, com medidas que pudessem reduzir o impacto da paralisação. “Mesmos os setores mais organizados são demandados por rotinas que são estranhas ao seu dia a dia. A capacidade de continuar operando debaixo de uma crise de segurança pública reduziria os prejuízos em milhões por hora”, afirmou.
O coronel exerceu a chefia da PM-6, no Estado-Maior-Geral, o comando do 4º BPM em Florianópolis, o comando da 11ª Região de Polícia Militar (RPM) e o subcomando-geral da corporação.
Em Joinville, comandou o Pelotão de Polícia de Choque e criou o Pelotão de Paramédicos. Na Defesa Civil Estadual foi gerente de resposta a desastres e no Estado-Maior-Geral. Desempenhou missões do Governo Federal, no Rio de Janeiro e Pará (missões do Ministério da Justiça) e na Serra Fluminense (missões do Ministério da Integração Nacional).
Com formação na área de desastres, emergências e segurança pública em diversos países como EUA, Colômbia, Argentina e Chile, ele também participou da Comitiva Brasileira que definiu a Estratégia Internacional de Redução de Desastres (Marco de Hyogo), no Fórum Mundial da ONU, no Japão. Além disso, o coronel Araújo Gomes também atua como pesquisador no Centro Universitário de Estudos Sobre Desastres, da UFSC.