O secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, participou da reunião da ACIJ e falou sobre o modelo político brasileiro, segundo ele com representação equivocada na Câmara dos Deputados e no Senado, com um número elevado de representantes em regiões com pequena população, como os Estados no Norte.
“Infelizmente não temos como mudar isso, nem em Brasília, nem em Florianópolis”, informou. O secretário falou sobre o tema Desoneração da Produção, em encontro com a participação da secretária da Educação Simone Schramm, além de secretários municipais e de representantes das entidades empresariais parceiras.
Paulo Eli destacou nossa origem econômica, agrícola, e a recente industrialização do Estado, cuja política era ancorada na proteção do Governo. “Há 60 anos foi criado o IPI, penalizando a indústria brasileira, possivelmente por conta da pressão dos importadores”.
Segundo ele, nós punimos as empresas na produção, com tantos impostos, que devem ser cobrados na comercialização do produto. “Fizemos a abertura econômica sem fazer a reforma tributária”. Ele também defende a simplificação e a padronização do sistema tributário, onde as leis conflitam umas com as outras.
Ainda defendeu a reforma do Prodec e do Pró-emprego, programas que estimulam o desenvolvimento do Estado. “Temos 11 mil empresas que não pagam impostos. Precisamos arrumar isso também”. O presidente da ACIJ, João Joaquim Martinelli, lembrou a necessária reforma fiscal, que define o tamanho do Estado e a reforma política (ambas anteriores à reforma tributária), única capaz de viabilizar as demais.
Paulo Eli, natural de Rancho Queimado, é formado em Ciências Contábeis, Administração e Pós-Graduado em Gestão Fazendária. Especialista em Política e Estratégia pela Escola Superior de Guerra do Ministério da Defesa (Rio de Janeiro 2004).
Foi secretário-Adjunto da Fazenda em 2003 e secretário da Administração em 2010. Construiu o modelo da descentralização para o candidato ao governo Luiz Henrique da Silveira (2002) e coordenou a redação da lei da reforma administrativa que criou a descentralização em 2003. Em fevereiro de 2018, assumiu a Secretaria de Estado da Fazenda.