O Conselho das Entidades Empresariais de Joinville, formado pela ACIJ, Acomac, Ajorpeme e CDL, recebeu nesta segunda-feira, dia 1º de outubro, o candidato a governador Décio Lima, que esteve na ACIJ acompanhado dos candidatos ao Senado, Ideli Salvatti e Lédio Rosa.
Rudi Soares, presidente da Acomac, destacou a relevância das propostas consensadas pelo Conselho das Entidades. Entretanto, destacou que o setor de lojas de materiais de construção tem pleitos específicos. O setor tem 8,5 mil lojas em Santa Catarina. Sugeriu a renovação da Cesta básica de materiais para construção, com alíquotas reduzidas; e ainda a equidade no sistema de substituição tributária.
Em nome do presidente da Ajorpeme Victor Cochella, o diretor Andreas Boebel solicitou o Juro Zero Estadual, no mesmo molde aplicado pelos MEIs; ampliação do teto dos impostos estaduais para o Simples, para R$ 4,8 milhões de faturamento. Na educação, investir no ensino médio e técnico, para gerar riqueza. Por fim, na área de transporte, fazer os investimentos em mobilidade urbana.
Frederico Cardoso dos Santos, presidente da CDL, apresentou como sugestões ofertar à iniciativa privada a execução de obras de benefício direto ao usuário/feitor; apoiar a revisão da legislação ambiental brasileira – “que tem regras engessadas que atrasam a realização de obras importantes”; tirar a aplicabilidade do Código Ambiental nas cidades; melhorar estrada Dona Francisca (sinalização adequada, poda do matagal, iluminação renovada); intensificar combate ao contrabando e pirataria, feiras sem a devida licença, fazendo valer as leis existentes; apoiar revisão das leis de cartão de crédito e débito; criar lei para que universitários possam prestar serviços à sociedade, em retorno ao ensino público recebido; e apoiar a duplicação da BR-280, especialmente no gargalo entre Araquari e Barra do Sul.
Logo após, o presidente da ACIJ, João Joaquim Martinelli, fez a leitura do documento “Manifesto aos Candidatos”, com macropleitos, para as causas da cidade: participação de Joinville no primeiro escalão, nas secretarias de Infraestrutura e desenvolvimento econômico; duplicação dos acessos à cidade, como Almirante Jaceguay, Ottokar Doerffel e Distrito Industrial; estadualização da Estrada Dona Francisca; resolução dos problemas enfrentados pelos Bombeiros Voluntários; compromisso com o Hospital Municipal São José e com a melhoria do sistema penitenciário da cidade, com aumento de vagas, unidade feminina etc.
Em resposta, Décio Lima afirmou que o diagnóstico sobre a situação de Santa Catarina é preocupante. “Não tenho apreensão de receber a herança que vamos receber. Precisa mudar o conceito de valores e de governança, numa nova convenção com o povo catarinense, para que possamos produzir um campo de soluções e otimismo para o Estado”.
Criticou as estruturas equivocadas, de palácios e gastos, que criaram abismos sociais. Décio Lima promete auditar a estrutura administrativa, para reduzir os gastos. “Meu primeiro ato será a extinção de todas as ADRs. Eu serei um governador itinerante, descentralizando aquilo que precisa ser descentralizado”, afirmou.
Sobre a Saúde e o Hospital São José, defende um sistema único de saúde integrado e com a modernidade da inovação e da tecnologia. “Não imagino a nossa Manchester sem presença no Governo. Vamos discutir em conjunto esse novo momento”.
Logo após, criticou fortemente a evasão escolar, em 64 mil alunos, e a insegurança, com a chegada do crime organizado. “A área de segurança está precarizada. Em 80, a PM tinha 13 mil componentes. Hoje são 10 mil componentes, para uma população que quase dobrou”.