Ministro Barroso defende na ACIJ urgência das Reformas Tributária e Previdenciária
Com uma visão positiva e otimista acerca do Brasil e sobre as pessoas, Luís Roberto Barroso encantou uma plateia de cerca de 500 empresários, profissionais e universitários com a sua maneira simples e didática de falar, que alia serenidade na forma, mas firmeza no conteúdo.
Ministro do STF – Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, falou em sua palestra sobre “O Momento Institucional Brasileiro e uma Agenda para o Futuro”. O evento marcou o encerramento das reuniões de segunda-feira em 2018.
Democracia, Livre Iniciativa e Justiça Social são os pilares sobre os quais o Brasil vem caminhando, desde a Constituição de 1988 que, segundo Barroso, pode não ser a melhor, mas está baseada em valores que o Brasil precisa manter e sustentar e que, portanto, não se justifica a instalação de uma nova Assembleia Constituinte.
30 anos de Democracia
O ministro destacou os avanços e os problemas adquiridos nestes 30 anos de Democracia. Segundo ele, o Brasil se tornou um dos países mais violentos do mundo nos últimos anos. Além disso, o país se tornou extremamente corrupto neste período.
“Apesar de a fotografia do momento atual ser sóbria, o filme dos 30 anos da democracia brasileira é um filme bom, inclui três décadas de estabilidade constitucional, estabilidade monetária, inclusão social, crescimento de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) entre outras. Acho que a última batalha de nossa geração é empurrar a corrupção estrutural e endêmica para margem da história”.
De acordo com ele, podemos nos orgulhar do modo como o país está enfrentando seus problemas. “A sociedade demanda por integridade, honestidade, patriotismo. Essa é a energia que empurra o Brasil”.
Reforma tributária
Também destacou a necessidade de Reforma tributária, que exige 2038 horas por ano dos brasileiros para simplesmente cumprir as normas, contra 300 horas na Colômbia Argentina e outros. Sobre o sistema previdenciário, sentenciou: “Não colocar a Reforma da Previdência como prioridade é no mínimo falta de patriotismo”.