Quanto vale as informações do seu computador? Os documentos de cunho emocional não podem ser mensurados, mas os arquivos profissionais são. Uma empresa de Joinville teve seus dados sequestrados neste mês de abril, outra em São João do Itaperiú, mais uma em Itajaí e há casos em Curitiba. Para prevenir novas ações como essa, a Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) discutiu a segurança da informação.
O tema foi exposto na reunião do conselho da nesta segunda-feira, 29, pela delegada Regional de Polícia Civil de Joinville, Tânia Harada, com apresentação do agente de Polícia Civil, Cleber Angelo Capellari.
“Existe uma guerra silenciosa travada na internet e 60% das empresas que sofrem os ataques saem do mercado seis meses depois. O sequestro dos dados ocorre de duas formas, a mais séria é a criptografia e a outra é o bloqueio do acesso ao sistema operacional”, alerta Capellari, ao citar de exemplo o ataque em redes de computados do mundo todo em 2017, o WannaCry.
Uma empresa da cidade perdeu boa parte dos dados no mês de abril quando recebeu um e-mail desconhecido no qual havia códigos maliciosos, o caso está sendo investigado. “Discutimos esse assunto com a intenção de prevenir esse tipo de fraude porque temos de conscientizar os empresários, público em geral”, comenta o presidente da ACIJ, João Joaquim Martinelli e, complementa: “Também precisamos conscientizar empresários da necessidade de fazerem o boletim de ocorrência porque é atenuante em casos judiciais”.
A orientação da delegada é não fazer o pagamento exigido. “Quando você paga não há garantia da recuperação das informações. A prevenção é a melhor recomendação, com armazenamento dados empresariais em mais de um local”, orienta Tânia Harada. No ranking dos países com ataques cibernéticos, figura em primeiro os Estados Unidos, depois o Brasil e a China. Estima-se que em 2019 as perdas podem chegar a 11,5 bilhões de dólares.