A partir de terça-feira, 27, inicia a Feira e Congresso de Logística e Negócios Multimodais (Logistique). Empresários brasileiros, chilenos, argentinos, paraguaios e profissionais dos setores de transporte multimodal, comércio exterior e intralogística se encontram no Centro de Convenções e Exposições Expoville. O evento está em sua sexta edição e é aberto ao público das 14h às 21h.
A Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) estará presente nos três dias da feira com um espaço de exposição. Na quarta-feira, 28, das 14h às 20h, na Sala Bromélia, paralelamente a Logistique, tem a primeira Rodada Internacional de Negócios com organização do Núcleo de Negócios Internacionais da ACIJ. O encontro reúne 80 profissionais dos setores de operação aduaneira, armazenagem de cargas, transportadores, logística e administradores.
Leia a entrevista do presidente da ACIJ, João Joaquim Martinelli, para a organização da Logistique
Qual a importância da logística para a indústria joinvilense?
A feira contribui porque fortalece as relações comerciais, gera negócios e o intercâmbio de informações. Reúne empresários dos setores portuário, navegação, comércio exterior, transporte multimodal, logística, e tecnologia, o que é muito positivo.
Joinville hoje pode ser considerado um polo logístico? Por quê?
Joinville é um polo logístico importante porque o município possui acesso rodoviário duplicado, aeroporto e a cidade está muito próxima a quatro grandes terminais portuários e é reconhecida mundialmente pela liderança de algumas das suas empresas, especialmente nos setores de metalurgia, metalomecânico e plásticos.
O que diferencia Joinville das demais cidades catarinenses com relação à Logística?
O acesso fácil a BR 101, BR 280, aos portos de São Francisco do Sul, Itapoá, Itajaí e Navegantes. O aeroporto na cidade, hoje com possibilidade de grandes investimentos na área de logística, inclusive, com um terminal específico para transporte de cargas. Temos uma ferrovia que passa pela cidade e pela Baia da Babitonga existe a possibilidade de desenvolver a navegação de cabotagem.
E quais as deficiências que o setor logístico tem ainda apresenta na cidade?
Precisamos melhorar a infraestrutura, sobretudo a rodoviária. Um caso é a BR 101 que está sobrecarregada; a Fiesc possui um estudo no qual consta a necessidade de investimentos de R$ 2,6 bilhões para aumento da capacidade de tráfego. Temos de vencer os entraves para o avanço das obras da BR 280, isso passa desde a segurança dos valores da obra como soluções complexas como o Canal do Linguado. Essa via é fundamental para o escoamento da produção pelo porto público ou privado de São Francisco do Sul. No aspecto ferroviário, usamos pouco esse meio de transporte na logística industrial; ele atende mais ao setor graneleiro, mas passa por dentro da cidade todos os dias, interliga o litoral com o Planalto Norte, mas temos pouco conhecimento sobre o transporte e não usamos de forma adequada. A proximidade de Joinville com o mar também abre possibilidade para maior uso do transporte de cabotagem, mas carece de estudos e investimentos. Além disso, a tecnologia em transportadoras, cargas e contêineres, é uma exigência básica.
No que eventos como a Logistique, que em 2019 será realizada pelo segundo ano consecutivo na cidade, contribuem para a melhoria do segmento logístico?
É um espaço de inovação, troca de conhecimento, geração de negócios e um momento para compreender para onde o mundo caminha neste setor. Podemos ter no evento as grandes autoridades da área logística no país. Para as grandes empresas, um espaço para compreender como melhorar as suas logísticas internas onde as grandes plantas industriais requerem planejamento para deslocamento da produção. A feira também fortalece e contribui com a internacionalização das empresas, neste ano com o diferencial de ter a primeira Rodada Internacional de Negócios, com organização do Núcleo de Negócios Internacionais da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ).