Marco Antonio Corsini
Presidente da ACIJ
Há 170 anos, os primeiros imigrantes desembarcavam às margens do rio Cachoeira e começavam a forjar o DNA que transformou uma colônia agrícola na terceira maior economia da região Sul do Brasil. Um DNA com três pilares: a resiliência para enfrentar uma dramática travessia oceânica, a capacidade de adaptação para superar as adversidades aqui encontradas e a inovação para agregar valor à produção primária até chegar à potência industrial de hoje.
Há um ano, celebrávamos mais um aniversário da nossa Joinville sem imaginar tudo o que enfrentaríamos poucos dias depois. O novo coronavírus impôs restrições. Causou mortes, dor, tristeza. Fechou empresas e empregos. Mais uma vez o DNA da população de Joinville se fez presente: resiliência, capacidade de adaptação e inovação foram a base para o aprendizado e para a superação dos desafios enfrentados neste primeiro ano de pandemia.
Agora, ao lembrarmos os 170 anos de Joinville, temos motivos para conjugar três verbos: celebrar, confiar e cuidar.
A celebração é necessária e merecida. Para reverenciarmos os fundadores, para reconhecermos o mérito dos que vieram antes de nós e deram sua contribuição para a evolução da cidade e para lembrarmos que todos que formamos esta valorosa comunidade continuamos a fazer de Joinville uma das melhores cidades para viver, estudar, trabalhar e empreender.
A confiança é legítima a partir de importantes indicadores econômicos, como o recorde histórico de arrecadação de tributos do Estado em um mês, que superou a marca de R$ 3 bilhões em janeiro. Outro sinal relevante é a reação do emprego em Joinville, com geração de quase 15 mil vagas na segunda metade de 2020, recuperando postos fechados no começo da pandemia e encerrando o ano com um saldo positivo de 6.157 novos empregos.
O cuidado é a palavra de ordem do momento. Em uma pandemia, não podemos baixar a guarda e a vigilância. É necessário manter a cautela e a atenção a todos os protocolos sanitários, como distanciamento, uso de máscara e higienização das mãos com álcool gel. Não é momento de aglomerações. Precisamos fazer nossa parte como cidadãos para reduzirmos a sobrecarga enfrentada pelo sistema de saúde.
Em períodos de turbulência, como o que estamos vivendo, o associativismo é ainda mais importante. Porque a união de esforços e o compartilhamento de boas práticas formam a ponte segura para as mais difíceis travessias. Este é o trabalho que a ACIJ realiza há 110 anos e que continuará exercendo no futuro: sempre unindo e articulando as forças da comunidade, sempre agindo por uma economia mais forte e por uma cidade mais feliz.