A Companhia de Participações em Concessões, parte do grupo CCR, arrematou os blocos sul e central do leilão de 22 aeroportos em 12 estados brasileiros, incluindo Navegantes e Joinville. A concorrência feita pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aconteceu na manhã desta quarta-feira, dia 7 de abril, na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).
No bloco Sul foram concedidos os terminais de Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS). O Grupo CCR arrematou o bloco por R$ 2,1 bilhão.
A empresa também levou por R$ 754 milhões o bloco central, formado pelos aeroportos de Goiânia (GO), São Luís (MA), Teresina (PI), Palmas (TO).
Já o bloco norte foi arrematado pela francesa Vinci Airports por R$ 420 milhões. Nele estão os aeroportos de Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Boa Vista (RR).
O Ministério da Infraestrutura espera que os terminais, por onde circulam cerca de 24 milhões de passageiros por ano, recebam aproximadamente R$ 6,1 bilhões em investimentos. Devem, segundo o ministério, ser investidos R$ 2,85 bilhões no bloco Sul, R$ 1,8 bilhão no Central e R$ 1,4 bilhão no Norte. Os contratos de concessão têm validade de 30 anos.
A ACIJ destaca que esta é a terceira boa notícia sobre o Aeroporto de Joinville nas últimas duas semanas. A primeira foi a derrubada da liminar que suspendia o leilão do Bloco Sul, a segunda foi a retomada da linha Joinville/Congonhas pela LATAM e agora a efetivação do leilão para a concessão do terminal para a gestão privada.
“A expectativa da ACIJ é positiva. Na live de encerramento das nossas reuniões em 2020, em 30 de novembro, tanto o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, quanto o secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, afirmaram que o leilão define um pacote mínimo de investimentos da empresa vencedora, mas que não há restrições para ampliação destas melhorias”, afirma o presidente da ACIJ, Marco Antonio Corsini.
“Por ser a terceira maior economia da região Sul do Brasil, Joinville requer e merece um aeroporto melhor, com novas linhas e mais opções de voo, o que acabará tornando os preços mais competitivos. E desta forma teremos mais passageiros voando por Joinville, fazendo girar o círculo virtuoso do setor de aviação”, conclui o presidente da ACIJ.