Moderadora do painel “Mapa da Empregabilidade em Joinville”, a colunista de economia Estela Benetti fez uma análise no portal NSC Total sobre a união de ACIJ, FIESC e Prefeitura contra o “apagão” de mão de obras em Joinville.
Confira abaixo a íntegra do conteúdo jornalístico.
Município mais populoso de Santa Catarina que abriga também a maior economia do Estado, Joinville enfrenta ‘apagão’ de mão de obra. Pesquisa feita pela associação empresarial local, a Acij, nos meses de maio e junho em 69 empresas, apurou que tinham 15.022 vagas abertas, não ocupadas por falta de pessoas habilitadas. Antes de participar de painel sobre empregabilidade, na noite desta segunda-feira, os presidentes da Acij, Marco Antonio Corsini, da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, e do Conselho das Entidades Patronais (Consep), Emerson Zappone, reconheceram que o município enfrenta ‘apagão’ de trabalhadores qualificados, principalmente na indústria.
– Joinville só não contrata mais hoje porque não tem pessoas qualificadas no mercado. Por isso estamos fazendo esse evento, para definir programa visando qualificar mais gente – afirmou o presidente da Acij.
O prefeito de Joinville, Adriano Silva, empresário do setor industrial e também painelista do evento, reconheceu o problema. Ele confirmou parceira do município com entidades empresariais para a formação de trabalhadores.
Também empresário de Joinville e ex-presidente da Acij, o presidente da Fiesc reconheceu que o pleno emprego é um bom problema, mas que não se limita ao município.
– Estamos em pleno emprego em Joinville. E não é diferente em outras cidades de Santa Catarina. Joinville, pela sua pujança na indústria, talvez tenha um problema maior. Mas Santa Catarina é um Estado que está em pleno emprego, tem a menor taxa de desemprego do país (6,2% no trimestre encerrado em março). Temos demanda por trabalhadores qualificados em todo o Estado –disse Aguiar.
Há anos a situação do mercado de trabalho de Santa Catarina contrasta com a nacional especialmente nesta fase da pandemia, quando o país enfrenta taxa de desemprego de 14,6%, com 14.6 milhões de pessoas sem ocupação. O presidente da Acij avalia que essa diferenciação do Estado está ligada ao tipo de gestão empresarial, com constantes investimentos.
– Isso é resultado da excelência da indústria de Santa Catarina, de Joinville. Essa inserção nos mercados nacional e internacional é alcançada pela qualidade dos produtos e serviços e responsabilidade dos empresários em cumprir contratos nos prazos e nos valores combinados. Isso, cada vez mais, fomenta novos negócios. A gente sente, o dia a dia, conversando com os empresários, visitando as empresas. A maioria está investindo – afirma ele.