“Santa Catarina, um Estado de Oportunidades para Negócios Internacionais”. Este foi o tema da palestra do presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, durante o Meeting Comex 2022, evento realizado pelo Núcleo de Comércio Exterior da ACIJ nesta quarta-feira, dia 13 de abril, na Expoville.
Aguiar apresentou uma série de dados que mostram a força da economia catarinense e a relevância do segmento industrial: “Vigésimo Estado em área territorial, somos a sexta maior economia do Brasil; somos o segundo estado com a maior participação da indústria de manufatura na composição da riqueza; quase 25% da indústria catarinense é de alta intensidade tecnológica; somos um Estado inovador – 9,5% das empresas industriais de alto crescimento econômico do país estão aqui; pelo quinto ano consecutivo estamos em segundo lugar no ranking de competitividade”.
O presidente da FIESC também destacou a diversidade produtiva bem distribuída pelas regiões de Santa Catarina e o fato das grandes empresas catarinenses terem origem no Estado, ocupando posição de destaque no Brasil e no exterior.
Mas alertou que mesmo com tantos aspectos positivos, o Estado apresenta deficiências na área de infraestrutura. “Nosso transporte é baseado no modal rodoviário. Felizmente a visão do governo do Estado está colocando projetos relevantes para que a gente possa competir com outros países. Se não houver o sistema logístico adequado, a indústria perde competitividade”, destaca.
A eficiência dos portos – especialmente os dois privados –, o empreendedorismo catarinense e uma política fiscal agressiva contribuem para que o comércio exterior totalize US$ 35,2 bilhões (2021). A movimentação de 2,4 milhões de contêineres coloca o Estado na segunda posição em volume de contêineres no país, com 20,7% da movimentação nacional. Cada container que o Estado movimenta gera de R$ 4 mil a R$ 5 mil na economia.
“A tendência é que os portos catarinenses recebam navios cada vez maiores, e para isso precisamos fazer investimentos maiores, como corrigir o canal de acesso na Baía da Babitonga e fazer na Foz do Itajaí a segunda etapa da bacia de evolução”, diz Aguiar.
Para o mercado externo, Santa Catarina exportou US$ 10.3 bilhões de dólares em 2021, tendo como principal destino os EUA. “Exportamos produtos manufaturados de valor agregado; podemos ser uma alternativa para a dependência da Ásia que ficou muito grande”, pondera o presidente da FIESC.
Para incrementar a relação comercial das empresas catarinenses com o mundo, Mario Cezar de Aguiar sugere buscar as tendências e projetos futuros de cada local, conhecer a cultura e as características de cada país, abrir escritórios locais, entender a legislação, investir em promoção comercial e oferecer suporte de vendas e serviços.
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