Eleita nesta segunda-feira (6 de junho) para ser a primeira presidente da história da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), entidade que representa a terceira maior economia do Sul do País, a empresária Maria Regina Loyola Rodrigues Alves, a Margi, disse que a gestão será de continuidade.
Segundo ela, a nova diretoria vai priorizar três frentes: reforçará os núcleos empresariais, os serviços e as ações das bandeiras econômicas e sociais.
Descendente da família do fundador da ACIJ, Hermann August Lepper, Margi afirmou estar alegre por ser a primeira mulher a presidir a entidade. Disse que, para ela, o avanço das lideranças femininas deve ser pela meritocracia. Aliás, ela teve forte participação como vice-presidente na gestão do antecessor Marco Antonio Corsini, trabalhando na Bandeira da Saúde durante a pandemia.
A posse da nova diretoria será dia 27 deste mês, no Joinville Square Garden. Confira entrevista da presidente eleita a seguir:
O que significa para a senhora ser a primeira mulher a presidir a ACIJ em 111 anos?
Em primeiro lugar, é uma honra e uma responsabilidade presidir a ACIJ. Afinal, nossos cerca de 1.700 associados respondem por cerca de 70% dos mais de 220 mil empregos no mercado de trabalho formal de Joinville – que é a terceira maior economia da região Sul do Brasil, com um PIB de R$ 34,5 bilhões.
Mas é também uma grande alegria pessoal entrar para a história da ACIJ como a primeira mulher a presidir a entidade. Minha família tem no seu DNA o empreendedorismo e o associativismo: meu tataravô Hermann Lepper foi fundador e primeiro presidente da entidade (1911-1915); meu pai, José Henrique Carneiro de Loyola, dirigiu a associação entre 1991 e 1993; e meu marido Sérgio Rodrigues Alves, hoje presidente da FACISC, liderou a ACIJ em 2005 e 2006.
Na sua opinião, o que pesou para a escolha do seu nome para liderar a entidade?
Acredito fortemente na meritocracia. Não apenas dentro das organizações empresariais, mas também na atividade associativista. Participo da Diretoria da ACIJ há 15 anos, sempre trabalhando pelo desenvolvimento dos associados, pelo fortalecimento da economia e pelo bem-estar da comunidade. Na atual gestão do presidente Marco Antonio Corsini, fui a vice-presidente responsável pela Bandeira da Saúde e da Segurança Pública. E por meio da articulação da ACIJ, o setor produtivo contribuiu com o poder público para mitigar a crise sanitária causada pela covid-19 com doações de respiradores, BIPAPs, testes rápidos e 110 leitos hospitalares – 27 em uma unidade de pronto-atendimento e 83 no Hospital São José, um legado comunitário da ACIJ para Joinville e região.
Agradeço muito a confiança da ACIJ pela escolha do meu nome e também agradeço a parceria dos colegas de Diretoria, que aceitaram a missão de trabalharmos juntos nas questões econômicas e comunitárias que desafiam a todos nós.
Quais serão as prioridades da sua gestão à frente da associação?
Faremos uma gestão de continuidade ao excelente trabalho realizado pelo presidente Marco Antonio Corsini. Inicialmente, vamos focar o trabalho em três frentes: 1) reforçar o papel dos núcleos empresariais; 2) aprimorar cada vez mais o portfólio de serviços prestados para aumentar o valor agregado às empresas associadas; e 3) continuar trabalhando com base nas bandeiras econômicas e sociais, em áreas como saúde, educação, segurança, infraestrutura, inovação e meio ambiente, por exemplo.
Como vê o papel da ACIJ para a cidade de Joinville?
A ACIJ é um dos patrimônios e orgulhos dos moradores de Joinville, justamente por representar empresas que são sinônimos da excelência em todo o Brasil e no exterior. A entidade tem dois pilares – o econômico e o comunitário – que aparecem de forma transversal em toda a história de 111 anos da entidade e, por consequência, em quase toda a história de Joinville.