A convite do Lide SC, a vice-governadora Marilisa Boehm e o secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, representaram o Governo do Estado em Joinville na quinta-feira, 9 de fevereiro, em evento com cerca de 250 lideranças empresariais de todas as regiões.
A presidente Margi Loyola representou a ACIJ no encontro realizado no GNC Cinema do Garten Shopping Joinville.
Um dos destaques do encontro foi a apresentação do diagnóstico das contas estaduais produzido pela Secretaria de Estado da Fazenda. A pauta também abordou questões como produtividade, competitividade e o desenvolvimento econômico de Santa Catarina.
O secretário Cleverson Siewert iniciou sua participação no encontro falando do compromisso do Governo Jorginho Mello com Santa Catarina e do novo modelo de gestão que vem sendo construído para o Estado.
“É importante ter cuidado, entender os números, transformar dados em informações e usá-los na tomada de decisões. Hoje, conforme consultorias especializadas, apenas 10% dos dados relevantes para os negócios são analisados, o que é pouco”, apontou o secretário.
Numa das falas de abertura do encontro, a vice-governadora destacou os 40 dias de trabalho ao lado do governador Jorginho Mello e ressaltou a qualificação do secretariado. Em referência ao secretário Cleverson e ao diagnóstico das contas realizado pela Fazenda, destacou a importância de informar os catarinenses sobre a real situação financeira do Estado. “Já sabemos que o desafio não é pequeno, mas isso não nos assusta, pois Santa Catarina conta com pequenas e grandes empresas fortes e consolidadas em todos os setores produtivos”, disse. “O governo está de portas abertas para receber sugestões e ideias para que, unidos, possamos construir um Estado ainda melhor. Santa Catarina é o último Estado a entrar em crise e o primeiro a sair dela”, complementou.
Ao detalhar as receitas e despesas estaduais nos últimos 10 anos, o secretário da Fazenda destacou a importância dos diferentes setores para o desenvolvimento econômico, mostrou o desempenho da arrecadação estadual e alertou para os números da folha do funcionalismo público – a despesa com o pagamento dos salários cresceu quase 124% entre 2013 e 2022, contra uma inflação de 80% no período, sendo que nos últimos anos os números subiram muito acima da média.
Em contrapartida, o número de servidores ativos aumentou cerca de 20% nesse mesmo intervalo.
O custeio, que inclui gastos com a máquina pública, insumos para a Saúde, a Educação e a Segurança Pública, teve uma alta de 138%. O gasto com terceirizados, por exemplo, passou de R$ 380 milhões em 2018 para R$ 600 milhões em 2022. Destaca-se, ainda, o comprometimento de R$ 600 milhões em 2022 com material administrativo. A despesa média anual entre 2013 e 2018 foi de R$ 18 milhões.
Pensando nos próximos passos, o secretário falou do fluxo do caixa estadual e destacou a necessidade de buscar R$ 2,8 bilhões extras para que o Estado possa honrar os compromissos assumidos em anos anteriores e cumprir a previsão orçamentária. A alternativa está no Plano de Ajuste Fiscal de Santa Catarina, o Pafisc.
“Este diagnóstico nos mostra que precisaremos de muita engenhosidade para honrar os compromissos e ainda colocar em prática as políticas públicas desenhadas pelo governador Jorginho, mas estamos confiantes e vislumbrando alternativas para transformar os desafios em oportunidades”, disse o secretário.