Em ofício enviado na primeira metade do mês à concessionária Arteris Litoral Sul, ao Departamento Nacional de Trânsito (DNIT) e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a ACIJ cobrou informações sobre o plano de ação para manutenção do trecho da BR-376 onde houve deslizamentos no final de 2022.
“O empresariado da região Norte/Nordeste do Estado tem sido fortemente impactado com as constantes interrupções promovidas pela concessionária Arteris Litoral Sul na manutenção da BR-376, no trecho da Serra onde houve deslizamento no final de 2022”, destaca o conteúdo dos ofícios.
Os documentos destacam ainda que há relatos de aumentos expressivos nos custos de transportes e logística, especialmente para indústrias de Joinville, além da revisão de toda a política de estoque cuja distribuição fica comprometida com as constantes interdições sem comunicado prévio.
A entidade conclui a mensagem reiterando o pedido de informações efetivas sobre quais serão as melhorias implementadas e quais prazos. Na avaliação da entidade, o conhecimento do plano de ação das obras e uma comunicação prévia quando da necessidade de novas interrupções de tráfego são fundamentais para mitigar os problemas causados pelas constantes interdições.
RESPOSTA DA CONCESSIONÁRIA
Neste dia 22 de março, a concessionária enviou o ofício destacando que não tem medido esforços para minimizar os impactos no tráfego da rodovia.
“No esforço de uma resolução imediata para a liberação com segurança do tráfego quando o bloqueio ainda era total, buscou-se uma solução paliativa de projeto. A alternativa encontrada foi a implantação de barreiras dinâmicas de interceptação de blocos em movimento, cuja instalação foi finalizada em 23/12/2022 e permitiu o uso das faixas 1 e 2 no sentido Sul, permanecendo bloqueada apenas a faixa 3 (faixa lenta junto ao talude). Esse dispositivo possui a capacidade de interceptar blocos que porventura possam se desprender do maciço e não permitir que esses invadam a pista”, informa a mensagem.
A concessionária informa também que tem trabalhado para a liberação de forma gradativa da rodovia após o deslizamento.
“Em um primeiro momento, eram apenas duas faixas de tráfego, sendo uma faixa por sentido (pista simples); por seguinte a implantação da barreira dinâmica possibilitando a trafegabilidade em três faixas, sendo uma faixa por sentido acrescendo mais uma faixa reversível – ou seja, em momento a Pista Sul operava em duas faixas e a Pista Norte em uma faixa e vice-e-versa; quando, atualmente, desde o início de fevereiro o local possui trafegabilidade em duas faixas por sentido, não havendo desde então registros de congestionamentos significativos, reestabelecendo melhor qualidade de viagem aos usuários. Isso só foi possível pelos avanços na obra das rupturas acometidas na região com a recuperação das estruturas atingidas nas volumosas intempéries do final do ano passado”, acrescenta a mensagem.
O ofício conclui alertando que “o trecho, entretanto, permanece sob monitoramento constante, com atenção, principalmente para chuvas intensas em curto período, que podem exigir atuação preventiva para segurança do trânsito”.
Segundo o ofício da concessionária, a previsão para a conclusão das obras na zona afetada continua sendo para o segundo semestre do corrente ano.