Pela quinta vez consecutiva, o Brasil está entre os países de maior carga tributária, mas continua sendo o que proporciona o pior retorno dos valores arrecadados à população em termos de saúde, educação, transporte, segurança, saneamento, pavimentação das estradas e outros.
É o que mostra o estudo da relação da carga tributária versus retorno dos recursos à população em termos de qualidade de vida, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O levantamento mensurou os 30 países de maior carga tributária em relação à riqueza gerada – ou Produto Interno Bruto (PIB) – e verifica se os valores arrecadados retornam para a sociedade, através de serviços que visam ao bem estar da população.
Os Estados Unidos ocupam a primeira colocação no ranking, oferecendo melhor retorno aos cidadãos, seguido da Austrália, Coreia do Sul e Irlanda. O Brasil aparece na 30ª colocação, atrás de nações vizinhas, como Uruguai e Argentina, classificados na 13ª e 24ª posição, respectivamente, em termos de retorno aos contribuintes.
– O Brasil permanece como o último colocado e, apesar de registrar sucessivos recordes de arrecadação de tributos, ainda não oferece condições adequadas para o desenvolvimento da sociedade – observa o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike.
Para medir esse retorno, o IBPT criou o Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (IRBES), que mede a contrapartida dada ao contribuinte pelos impostos que paga ao governo federal, estaduais e municipais. Para o estudo, o instituto considerou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2012 e a carga tributária brasileira, do mesmo ano.
Fonte: Jornal A Notícia