Após dois anos à frente da Acij (Associação Empresarial de Joinville), Mario Cezar Aguiar deixará a cadeira de presidente da entidade para o advogado João Martinelli, que já ocupava o cargo de vice-presidente na associação. Nesta segunda (2), às 18h30 em sua sede, a Acij vai eleger sua nova diretoria para a gestão 2014/2015. A posse será no final de junho.
“Neste período em que estive à frente da Acij, procurei respeitar as tradições da casa e junto com a equipe obtivemos grande envolvimento com a comunidade de Joinville e região, sempre buscando melhorias para a sociedade”, comentou Aguiar em entrevista ao Notícias do Dia.
Além de ações focadas para os associados, como cursos de capacitação, nos dois anos de sua presidência, Aguiar salienta algumas bandeiras levantadas pela Acij. “Atuamos em prol de melhorias na infraestrutura logística, desde a instalação do ILS no nosso aeroporto até a duplicação das ruas Dona Francisca e Santos Dumont, também atuamos com a campanha Vote Certo, Vote em Joinville”, citou Aguiar, entre tantas outras ações promovidas pela associação.
Com o novo presidente a partir da próxima semana, a Acij continuará seguindo suas pautas de reivindicações. “Neste momento vamos seguir a plataforma da entidade, buscando pela instalação da universidade federal em Joinville, melhorias no aeroporto, duplicação de rodovias e ruas, entre outros. Depois que a nova diretoria assumir, vamos rediscutir e algumas premissas do presidente podem ser incluídas, pois independente de quem assuma a presidência, a entidade segue com suas prioridades”, observou Martinelli.
A LOT (Lei do Ordenamento Territorial) é um dos pleitos da Acij que deve ser levado adiante na gestão de Martinelli. “Parece que está virando moda judicializar tudo. Quando não se obtém um resultado esperado, as pessoas recorrem à Justiça e isso acaba atrasando muito os processos, como é o caso da LOT que está sendo tratada há mais de dois anos e sem nenhum avanço”, comentou.
Pessoalmente, o novo presidente acredita que um dos enfoques da associação deva ser a segurança pública. “Joinville precisa de um contingente compatível com o seu porte e com o que pagamos em tributos”, destacou Martinelli, citando ainda como questões importantes a redução de tributos e da burocracia nos órgãos públicos como Fatma e Fundema.
União entre as entidades
Elencar as prioridades de Joinville e buscar soluções junto aos governos renderia mais resultados se todas as entidades empresariais atuassem unidas. É o que acredita o futuro presidente da Acij (Associação Empresarial de Joinville), João Martinelli. Porém, ele explica que por vezes isto se torna difícil em função dos pensamentos divergentes que cada entidade possui.
“A CDL, por exemplo, tem suas bandeiras próprias, assim como a Ajorpeme. Cada um nomeia a sua e vai à luta e com isto há dispersão dos pedidos e isso com certeza torna mais difícil que a cidade tenha os pleitos atendidos pelos governos estadual e federal do que se todas as entidades atuassem juntas. Mas como cada entidade tem um pensamento diferente é difícil chegar a um acordo”, disse Martinelli.
Investimentos para depois
“Não sou nem pessimista nem otimista. Sou realista”, comentou João Martinelli, futuro presidente da Acij (Associação Empresarial de Joinville) sobre a situação econômica do país e do Estado. Segundo ele, apesar do desempenho positivo que as indústrias catarinenses apresentaram neste primeiro quadrimestre de 2014, elas sentem que em breve a economia pode vir a piorar, devido a instabilidade causada pela Copa do Mundo e as eleições presidenciais.
Fonte: Notícias do Dia