Nesta segunda-feira, concluiremos o ciclo de diálogos com os três principais candidatos ao Governo do Estado. Em 4 de agosto, recebemos o senador Paulo Bauer. Em 1º de setembro, foi a vez do candidato Claudio Vignatti. Hoje, receberemos o candidato Raimundo Colombo, atual governador e candidato à reeleição.
A todos, destacamos nossas principais bandeiras, aquelas que procuramos evidenciar logo que assumimos a gestão, em julho deste ano. Acreditamos que a construção de um novo hospital público estadual e de referência, seja, talvez, a proposta mais polêmica, mas que faz todo o sentido se pensarmos no médio e longo prazo.
Em 8 anos, prazo estimado para que um hospital atinja sua maturidade, Joinville já estará com aproximadamente 700 mil habitantes e os leitos atualmente ofertados, em se considerando toda a região, não são suficientes. Urge que esse processo se inicie de imediato e toda a comunidade está convidada a se engajar nessa luta.
A pauta de segurança vem ganhando cada vez mais importância a medida que a cidade se ressente de um contingente policial maior e de um sistema de monitoramento por câmeras moderno, eficiente e abrangente. Joinville nunca esteve tão frágil e abandonada. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública, foram aproximadamente 1.000 assaltos registrados nos últimos seis meses, ou seja, 167 por mês, 6 por dia. Precisamos urgentemente de mais homens e equipamentos.
Causa constrangimento quando sequer conseguimos conhecer o cronograma de instalação das câmeras prometidas pelo Governador do Estado no dia 1º de julho, na posse da nova diretoria da ACIJ. Judicialização do processo licitatório é a única resposta que conseguimos da Seprote.
Também estamos atentos e atuantes em relação à mobilidade e convictos de que algumas avenidas estratégicas, como a Santa Catarina, a Dona Francisca e a Santos Dumont não podem mais esperar. Não estamos aqui discutindo se o nome é estadualização ou não, caso contrário teremos debates acadêmicas acerca de conceitos básicos. O que queremos é que o Estado forneça os recursos necessários para a duplicação dessas vias, que se encontram saturadas. No caso da Dona Francisca, ainda estamos na estaca zero e, na Santos Dumont, temos apenas um quilômetro duplicado, a uma velocidade desanimadora.
A mobilidade, é claro, seria substancialmente melhorada se conseguíssemos modernizar e ampliar nosso sistema de transporte coletivo. Veículos ainda mais confortáveis transitando em canaletas exclusivas, com tarifas mais acessíveis poderiam contribuir sobremaneira para melhorar o fluxo do trânsito em toda a cidade. E um caminho é o incentivo à redução da tarifa, através da isenção de alguns tributos que não fazem sentido para este serviço público essencial. Pedimos ao Governo do Estado a retirada do ICMS do diesel para o transporte coletivo, e à Prefeitura a eliminação do ISS e o consequente repasse à tarifa, mediante sua redução. Nem o Governo do Estado e nem a Prefeitura Municipal se manifestaram a respeito. Estaremos envolvendo a Facisc, no caso do ICMS, para que mobilize todas as demais associações empresariais neste pleito.
Para tudo isso, é fundamental a ampliação da representatividade política do município. Somos quase 400 mil eleitores somente em Joinville. A população da região metropolitana certamente ultrapassada o número de um milhão de pessoas. Esperamos eleger entre 5 e 6 deputados estaduais, se a população de Joinville votar de forma consciente. A ACIJ trabalhou para isso.
Joinville precisa e merece serviços públicos e investimentos à sua altura e um pouco mais de carinho por parte do Governo do Estado de Santa Catarina.