A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) da Fundação Getulio Vargas variou 0,43%, em fevereiro, valor 0,01 ponto percentual (p.p.) acima da taxa aurada em janeiro, que foi de 0,42%. Em fevereiro de 2014, a variação foi de 0,30% e em 12 meses, o índice registrou alta de 3,86%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, dia 13, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.
O indicador é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência e registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. É usado, entre outras opções, para reajustes de tarifas públicas.
Entre os componentes do IPG-10, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,03%, em fevereiro. Em janeiro, a variação foi de 0,21%. Os Bens Finais registraram taxa de variação de 1,29%, em fevereiro, ante 1,17%, em janeiro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo bens de investimento, cuja taxa passou de 0,41% para 1,52%. O índice relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura ecombustíveis, registrou variação de 0,61%. No mês anterior, a taxa de variação foi de 0,32%.
O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de -0,17%. No mês anterior, a taxa haviasido de 0,24%. Dois dos cinco subgrupos apresentaram desaceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,11% para -0,68%. O índice deBens Intermediários (ex),obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, não registrou variação. No mês anterior, foi registrada variação de 0,15%.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 1,39%, em fevereiro, ante 1,05%, em janeiro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Transportes (0,89% para 2,58%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item tarifa de ônibus urbano (2,38% para 7,52%).
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (1,44% para 2,73%); Despesas Diversas (0,63% para 1,86%); e Habitação (1,26% para 1,35%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: cursos formais (2,80% para 5,67%), cigarros(0,83% para 3,11%) e empregada doméstica mensalista (0,36% para 2,00%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Alimentação (1,48% para 1,18%); Vestuário (0,17% para -0,16%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,43% para 0,33%); e Comunicação (0,49% para 0,38%).
Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: carnes bovinas (3,73% para 0,20%), roupas (0,22% para -0,48%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,09% para -0,83%) epacotes de telefonia fixa e internet (1,33% para 0,33%), respectivamente.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas registrou variação de -1,26%. Em janeiro, a taxa foi de-0,97%. Contribuíram para a desaceleração do grupo os itens: soja (em grão) (1,05% para -7,79%),milho (em grão) (1,47% para -2,23%) e suínos (-2,59% para -8,40%).Em sentido inverso, destacaram-se os itens: leite in natura (-4,97% para 0,15%), mandioca (aipim) (3,65% para 18,09%) e laranja(-9,84% para -1,93%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), último componente do IPG-10, em fevereiro, taxa de variação de 0,80%, ante 0,35%, no mês anterior. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,94%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,38%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,67%. No mês anterior, este índice variou 0,32%.
Fonte FGV