Os meios de comunicação continuam dando destaque aos anseios de partidos políticos e de congressistas, querendo sugerir ao governo federal o aumento dos impostos. Até o momento, o Ministro da Fazenda Joaquim Levy tem se mantido coerente com seu discurso feito na ACIJ, há pouco mais de um mês, de não aumentar os impostos.
Na bola da vez, fala-se no retorno da CPMF, na tributação de grandes fortunas – sem que se saiba exatamente o que venha a ser grandes fortunas – tributação de dividendos, cancelamento do instituto dos juros sobre o capital próprio, reforma do Pis e da Cofins, entre outros.
Para quem produz, a existência de tantas guilhotinas suspensas (e todas sobre a atividade produtiva) desestimula os investimentos e contribui sobremaneira para aumentar o desencanto que permeia nossos empresários.
Raramente guilhotinas são desarmadas. Se associarmos todos esses aumentos de tributos, os já conhecidos e os que ainda virão, estaremos presenciando a estatização dos lucros das empresas. A união, que já é a maior acionista de todas as empresas deste País, aumentará muito mais a sua participação nos resultados das mesmas, sendo que todos os riscos correm por conta dos empresários.
Na última reunião do conselho deliberativo da ACIJ, um dos associados presentes, dono de empresa, nos procurou para dizer que estava pensando em vender o seu negócio e deixar o País. Mesmo desencorajado, passou a sensação de desencanto com os rumos de um Brasil onde se exige que todos os sacrifícios sejam pagos pela população, já que não se fala em redução de despesas do governo, redução de ministérios, tamanho do estado, etc.
Como diz nosso vice-presidente Carlos Schneider, o gasto público de hoje será o imposto de amanhã. Irretocável.