Novas manifestações estão sendo convocadas em todo o País para o domingo, dia 16 de agosto. Desta feita, o povo pretende manifestar seu inconformismo com a corrupção, a recessão econômica, o desemprego, a inflação e o despreparo das nossas autoridades federais em enfrentar todos esses problemas, quando não, fazendo vistas grossas para a corrupção e buscando culpados externos, quando um mea culpa já deveria ter sido feito. Culpar o ajuste econômico soa quase como uma afronta à nossa inteligência.
De fato, vivemos uma crise institucional sem precedentes na história recente da democracia brasileira, onde a Presidência da República possui um índice de aprovação inferior à taxa de inflação, causando grave desconfiança no mercado, na comunidade internacional e a fuga de investidores. Nossas empresas perderam muito do seu valor, sem contar a perda de mão de obra especializada, indispensável na retomada, quando vier.
A briga política, evidenciada pelo confronto entre os poderes executivo e o legislativo, em nada a ajuda na solução, passando a impressão de evidente torcida do contra, para que as coisas deem erradas e assim enfraquecer ainda mais o poder executivo. Notícias de preparo de “pacote bomba” da Câmara dos Deputados contra a Presidência da República apequena o Congresso Nacional e o interesse coletivo fica em segundo plano.
Esse cenário nos leva mais uma vez a apoiar a sociedade em sua manifestação espontânea e sem caráter partidário, voltada para o resgate da legalidade, da transparência, da moral e da ordem num Brasil atabalhoado com a falta de comando por parte do Planalto.
Apartidária, mas não apolítica, a Associação Empresarial de Joinville respeita as diversas correntes de pensamento político e os partidos que as representam. Mas, como o momento e a gravidade da situação ultrapassam as ideologias, hoje tão desgastadas, a Casa não pode se opor ao clamor das ruas, à manifestação legítima de um país que vê os preços subirem vertiginosamente, na direção oposta aos níveis de emprego.
Apoiaremos sempre as manifestações pacíficas e ordeiras, que respeitem as pessoas e as instituições e que procurem somente recolocar esse imenso país nos eixos novamente. Não será fácil. Mas depende de cada um e de todos nós.