Ao longo deste ano, quem assiste aos telejornais ou lê notícias na internet tem ficado desanimado com as informações relativas a situação financeira do país. A todo instante surgem novas notícias relativas a corrupção a chamada crise econômica. E essas notícias tem tirado o sono de muitos empresários. Especialmente aqueles proprietários de micro e pequenas empresas, que geralmente possuem um fluxo de caixa mais apertado.
Com a dita crise, a inadimplência aumenta, o crédito fica mais caro e para as empresas que tem insumos vinculados ao dólar tem o custo de produção elevado. Isso fora os aumentos de impostos e tarifas que os Governos têm repassado a todos.
Por conta desta sensação de insegurança que é gerada no mercado, que atinge tanto o consumidor como empresário, o cenário se torna desfavorável e a primeira reação de todos é parar de gastar, parar de investir. As empresas congelam investimentos, produção, demitem funcionários para evitar uma possível crise em seu negócio.
Mas que tal tornar essa crise um momento de crescer? De amadurecer seu negócio?
Momentos de crise são importantes estímulos para que o empresário reveja toda a sua empresa. Para que olhe para dentro do seu negócio e identifique possíveis pontos que estão sangrando o lucro, impedindo investimentos.
Todo o aspecto de organização financeira e de planejamento de sua empresa pode ser revisto. É primordial rever processos, investir nos pontos corretos de marketing, agregar novos clientes e fidelizar os antigos para que as vendas se mantenham ou até mesmo melhorem. Investir em novos produtos que estejam de acordo com o cenário econômico geral também é um tipo de investimento estratégico dependendo do seu negócio.
O empresário tem que agir rapidamente, ser sensível às mudanças e focado em otimizar seus custos de produção – e isso passa por revisar processos, contratos, fornecedores – minimizar as perdas e maximizar seu lucro, para que, ao final, a crise não seja sentida de maneira violenta em seu negócio. Quando a crise passar, sua empresa estará mais forte e saudável para um novo período de crescimento sustentável que trará ainda mais lucro e empregabilidade.
Rodrigo J. Bon Talge, advogado e secretário do Núcleo Jurídico da ACIJ