Símbolo do espírito solidário joinvilense, o Corpo de Bombeiros Voluntários é modelo para o país e motivo de orgulho para o município. Pioneira no Brasil, a instituição foi fundada em 1892. Hoje, são 1.700 homens e mulheres divididos entre as 10 unidades de atendimento. De todos os profissionais, cerca de 90% são voluntários, que no ano passado trabalharam mais de 115 mil horas. “Nossas ações incluem vistorias técnicas e fiscalização do cumprimento da lei de prevenção de incêndios. Além disso, há as ações corretivas. Fazemos plantões 24 horas por dia, 365 dias por ano”, explica o comandante Jaekel Antonio de Souza.
Na dianteira das mobilizações que defendem as prerrogativas dos bombeiros voluntários, a Acij aplaude o trabalho da corporação na segurança e bem-estar do joinvilense. Por isso, vem se posicionando contrária à entrada dos bombeiros militares na cidade, reiterando que a fiscalização de imóveis e empreendimentos deve ficar apenas com os voluntários. “Nossa história se confunde com a de Joinville. A comunidade participa com doações e o trabalho dos voluntários. Quem ganha com isso é a própria sociedade”, afirma o comandante.
A relação com a Acij é antiga. Em 2012, foi aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 1/12, que autoriza os municípios a celebrar convênios com os bombeiros voluntários para a fiscalização e certificações quanto ao atendimento às normas de segurança contra incêndios. No ano seguinte, foi aprovado o projeto de lei 65/2013, que dá poder de polícia aos militares. Na ocasião, a associação liderou uma caravana até Florianópolis, com cerca de 300 pessoas, para garantir a extensão desse mesmo poder aos voluntários.
Desde então, uma das principais bandeiras da entidade é a da atuação exclusiva dos bombeiros voluntários, sendo eles os únicos a atender os moradores em situações de resgate, salvamento, incêndios e acidentes de trânsito. Encontros, mobilizações e comitivas foram realizados em favor da corporação. “A Acij nos dá forças para que possamos evoluir, buscando novos recursos e incentivos para fortalecer o modelo em Santa Catarina e no restante do país. Atitudes como essa garantem que continuemos prestando serviço de qualidade. Hoje e no futuro”, observa Souza.