Somos um País de 11 milhões de desempregados e, segundo o Ministro da Fazenda Henrique Meirelles, chegaremos aos 14 milhões antes de melhorar. Segundo a expressão dele, há um tempo necessário para fazer “entrar na linha” um trem desgovernado.
Esses indicadores mostram que o governo que se retirou, embora tenha no seu nome a palavra trabalhadores, em nada se preocupou com a questão do emprego.
O IBGE divulgou na última quinta-feira a informação de que o desemprego avança em todas as regiões do País, não poupando ninguém. Isso apenas é efeito colateral de uma economia ainda em franco declínio, com empresas depauperadas, empresas estatais sucateadas e uma atividade econômica ainda em busca de caminhos.
Santa Catarina continua ainda sendo o Estado com o menor índice de desemprego, mas já atingindo 6%, enquanto que a Bahia já supera os 15% .
Difícil imaginar como fica um contingente tão expressivo de desempregados num Estado que historicamente já possui problemas sociais em demasia. Com 14 milhões de desempregados, o risco de enfrentarmos crises ainda maiores nos setores de Segurança, Saúde, Educação, Alimentação e Higiene básicas, cresce significativamente.
Não faz tanto tempo assim, o governo criou no nordeste do País as chamadas Frentes de Trabalho, que nada mais eram do que atividades buscando ocupar pessoas ociosas, sem muito compromisso com qualquer resultado.
A verdade é que o Brasil deveria copiar o modelo americano onde, em tempos de crise, se investe maciçamente em infraestrutura, não só para gerar empregos, mas especialmente para preparar o País para a retomada.
Não há como o País retomar seu crescimento sem um investimento maciço em infraestrutura. Mas atenção: não na infraestrutura venezuelana, cubana, angolana ou moçambicana. Na brasileira, por favor.