Reunião da ACIJ – 22/02/16
BOMBEIROS
O presidente da ACIJ João Joaquim Martinelli destacou na abertura da reunião do Conselho que a comunidade deseja que o Governador mande para Joinville mais policiais civis e militares e não Bombeiros Militares, que vieram para a cidade munidos somente de blocos de notificações e multas.
Martinelli ressaltou que não existe dinheiro público, mas sim dinheiro dos pagadores de impostos e esses pagadores, a população, desejam ver bem aplicado esse dinheiro, numa alusão ao custo da estrutura do Bombeiro Militar, custo este que a cidade não quer ter, já que conta com uma corporação voluntária, reconhecidamente competente.
“Não temos coronéis reformados nos Bombeiros Voluntários. São trabalhadores que se aposentam pelo INSS”, afirmou Martinelli.
SEGURANÇA PÚBLICA
Logo após, passou a palavra ao delegado regional Akira Sato, reforçando a ele a sensação de impunidade pela qual vive a cidade. “Vim para Joinville mais na característica de força-tarefa. Passei em 10 cidades fazendo esse trabalho, em lugares com índices alarmantes de violência, com a polícia judiciária”.
O delegado disse que hoje recebeu um feedback muito positivo dos policiais civis diante das novas rotinas, onde saíram de traz do balcão para atuar nas ruas, especialmente nos delitos patrimoniais, como furtos e roubos, muitos a residências.
“É uma prioridade nossa atuar em homicídios e roubos. Nossas unidades especializadas foram reforçadas, para atuar em homicídios e roubos com violência. Nos meus quatro anos da Deic, acho que não fui tão feliz quanto neste primeiro mês em Joinville, com o efetivo motivado para fazer o seu trabalho, com resultados diferentes”, destacou.
Sobre a nova Delegacia de Homicídios, antiga delegacia de delitos de trânsito, reforçou que terá 15 agentes, quatro escrivães e três delegados, o dobro da equipe anterior. Falou ainda da reorganização das delegacias, o que possibilita um atendimento centralizado na rua São Paulo e mais homens na rua, nas atividades de investigação.
POLÍCIA MILITAR
O Coronel Amarildo Alves, comandante da 5ª Região da Polícia Militar, vindo de Balneário Camboriú, destacou que sua transição para o norte foi rápida, porque conhecia a região, após ter trabalhado em Jaraguá do Sul e São Bento do Sul por 19 anos.
“Conheço a região e os oficiais. Aceitei o desafio, bastante grande, e reconheço os problemas. Os últimos acontecimentos, em que pese o impacto dos números, felizmente mostram que o cidadão de bem não está sendo afetado. É declarada uma guerra de facções, que estão se matando”.
Segundo ele, o cidadão de bem está sendo afetado pelo furto e pelo roubo. Comentou sobre a força-tarefa realizada na sexta-feira e garantiu que não será isolada. Justificou a troca do Coronel Coelho pelo coronel Joffrey Santos da Silva no comando do 8º do BPM.
O coronel Jofrey reforçou que não podemos esquecer do binômio Segurança e Liberdade. “Quanto mais segurança, menos liberdade. São inversamente proporcionais. A liberdade do indivíduo compromete a segurança da coletividade”, avaliou.