Para conhecer melhor o projeto Babitonga Ativa, a ACIJ recebeu na reunião do Conselho o Grupo Babitonga Ativa, que visa aprimorar a gestão na referida baía. O Ministério Público apoia o projeto, que é bancado com recursos de processo judicial decorrente de acidente acontecido na Babitonga. Estiveram presentes os representantes dos Núcleos de Meio Ambiente e de Consultoria Ambiental da ACIJ.
“Queremos que as coisas sejam bem feitas, as leis cumpridas e a baía preservada. O objetivo hoje é conhecer o projeto e apoiar naquilo que for bom para a sociedade. O equilíbrio é fundamental, para o meio ambiente, para a economia e para as pessoas”, destacou o presidente da ACIJ João Joaquim Martinelli.
A reitora da Univille, Sandra Furlan, lembrou do reconhecimento que a universidade tem nas questões ambientais. “Esse projeto não tem por objetivo criar área de preservação. Pensamos no uso sustentável, o que pode ser traduzido pela conservação da área”, realçou.
A apresentação do Projeto Babitonga Ativa foi feita pelo Grupo Pró-Babitonga (GPB), grupo multissetorial e autônomo que reúne representantes de todas esferas da sociedade, incluindo o poder público, a sociedade civil e a iniciativa privada. O GPB é responsável por construir e implementar, de modo participativo, um Plano Adaptativo e Colaborativo para a Governabilidade do Ecossistema Babitonga (PGE).
O Projeto Babitonga Ativa, iniciativa da Univille em parceria com o Ministério Público Federal, visa aprimorar a gestão costeira nos municípios do entorno da Baía Babitonga (Joinville, São Francisco do Sul, Araquari, Balneário Barra do Sul, Garuva e Itapoá), localizada no litoral norte do estado de Santa Catarina.
Leopoldo Cavelari Herhardinger, oceanógrafo e coordenador do projeto, lembra que o ecossistema reúne 70 ilhas, das quais São Francisco do Sul é a maior delas, com 98% da área insular. São 200 entidades identificadas e 32 envolvidas no grupo estratégico de mobilização, sendo 14 do setor público, nove do setor empresarial e nove da área ambiental. O projeto foi apresentado também na Comissão Interministerial de Recursos do Mar e abrange lâmina da água e terrenos de marinha (áreas da união).
Sobre a abertura do Canal do Linguado, Herhardinger diz que o processo é complexo e levaria vários anos, exigindo forte atuação política e técnica, para resolver um problema de tantos anos.