“O país está mobilizado. O que está acontecendo no Brasil não é em vão. Estamos recuperando o nosso país”, acredita Eliane Cantanhêde.
Para ela, a Lava-jato é um feito histórico, para ser falado durante décadas, com empresários e políticos muito fortes hoje presos.
Com apoio da Fiesc, a ACIJ realizou palestra com a jornalista, que é colunista da Globonews e Estadão. Cantanhêde faou sobre “Perspectivas políticas e econômicas do Brasil, após a crise”.
Na visão dela, Fernando Henrique Cardoso estruturou o país, estabilizando a moeda, saneando sistema bancário e configurando os programas sociais, num país tão desigual.
“Já o presidente Lula teve uma sorte imensa. O mundo inteiro crescendo, as comoditties crescendo. E mesmo assim ele só pensava em sí próprio”, avaliou.
Sobre o Período Dilma Rousseff, Cantanhêde afirmou que foi um verdadeiro desastre. “Dilma mostrou falta de condições de governabilidade política, técnica e pessoal”.
A jornalista disse que o impeachment de Dilma foi um ato legítimo e que Michel Temer, que não é santo, tem conseguido feitos relevantes, como a aprovação do Teto de Gastos; Normas do Pré-sal e Reforma Trabalhista.
Encerrou falando que o Brasil é um país fadado a dar certo, elencando as virtudes dessa nação continental. Listou os eventuais candidatos a presidência, mas reforçou que este é um cenário totalmente aberto.
O nome da jornalista está no Top 50 dos Mais Admirados Jornalistas Brasileiros de 2014 e de 2015. Em 2017, foi vencedora do Troféu Mulher Imprensa, no voto popular. Iniciou sua profissão aos 19 anos no Jornal do Brasil.
Em 1974, foi contratada pela revista Veja para atuar em Brasília, onde permaneceu por oito anos. Mais tarde, foi para o jornal O Estado de S. Paulo como colunista, e depois para os jornais O Globo e Gazeta Mercantil, onde atuou em ambos como diretora de redação das sucursais.
Participa do programa Em Pauta, da GloboNews, entre outros. Em sua trajetória como jornalista, Cantanhêde cobriu e analisou episódios como o fim da Ditadura militar, as “Diretas Já”, a Constituinte 1987-1988 e os governos Ernesto Geisel, João Figueiredo, José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff.