Santa Catarina fechou o mês de julho com saldo positivo de empregos. Embora pequeno, o número mostra o estancamento de uma tendência de queda, que vinha se acentuando desde maio. Além disso, passamos a acompanhar o desempenho nacional: desde abril, o país vem anunciando a geração de novas vagas, em todos os setores produtivos.
Embora tímida, a retomada parece ser bastante sólida e equilibrada. Ainda estamos muito longe de recuperar os 14 milhões de postos perdidos ao longo desta crise, mas a sinalização agora é positiva, a exemplo do que acontece com a inflação, desde o fim do ano passado.
Mesmo com os reajustes em energia e combustíveis, a inflação permanece estável, assim como as taxas de juros, que caem numa velocidade razoável. Não se trata de otimismo, mas da percepção de que pelos menos as coisas pararam de piorar.
E esta perspectiva vem da população catarinense: o índice que mede a intenção de compra das famílias, divulgado pela Federação do Comércio, teve crescimento de 6,9% em relação a junho. Cresceu pela terceira vez consecutiva.
Claro, a situação ainda é grave e não temos motivos para comemorar. Diversos setores estão em estagnados e as perdas são enormes nos últimos três anos. Os índices de inadimplência estão entre os maiores da história recente e o número de empresas quebradas ou em recuperação judicial é assustador.
Porém, ficar contando as baixas muito pouco ajudará na batalha. O importante é manter a vigilância para que o Governo não derrape novamente, com alta de impostos ou outros artifícios que penalizem a sociedade e as empresas.
Os políticos precisam entender que somente com a melhoria do ambiente de negócios é possível reverter a situação pela qual passa o país. A modernização da legislação trabalhista foi um passo importante, mas não suficiente. Precisamos avançar na desburocratização, na reforma tributária e na segurança jurídica, entre outros pontos.