Robson Rodrigues Pereira, economista sênior do Bradesco, trouxe certa dose de otimismo para a reunião da ACIJ, acerca do país no próximo ano, baseado na retomada da confiança econômica, a partir do segundo semestre. Ele também destacou como pontos positivos o incremento na produção e exportação do petróleo e a recuperação dos Estados Unidos, a maior economia do mundo.
Lembrou ainda da ascensão da sociedade brasileira ao consumo: “O número de pessoas que acessou o mercado de consumo é maior do que uma Espanha”. O economista acredita na nova equipe econômica do Governo e prevê que os executivos anunciados na última semana vão contribuir fortemente para a melhoria da confiança no país.
Contra o crescimento, Robson listou o cenário global, o ajuste da política econômica, o racionamento de água e energia e o nível de estoque da indústria. Segundo ele, para os próximos três anos, a expectativa é de um aperto de política econômica, aja vista que as despesas crescem em ritmo muito mais acelerado do que as receitas, o que impacta fortemente a dívida pública.
“Vamos ter uma coordenação maior entre a política fiscal e monetária, com essa nova equipe econômica”, espera o economista. Segundo ele, para 2015, a Selic deve se manter em 12,5%, com um crescimento do PIB de 1%, contra 0,5% neste ano.
A inflação deve fechar em 6,5% e o dólar em R$ 2,45 neste ano – R$ 2,55 em 2015. “As oportunidades continuarão a ser grandes nos país, mas precisamos estar mais preparados para buscá-las”.
Apesar do otimismo demonstrado, ficou claro que o Brasil em 2015 crescerá entre 0,5% e 1% no máximo, já que muitos ajustes econômicos terão que ser feitos para que a economia volte a crescer. Considerando que houve uma queda na produção da indústria e também dos investimentos, é fácil prever que o país crescerá pouco, já que uma coisa está intimamente ligada à outra.
Crescimento real de verdade, só com maiores investimentos na infraestrutura, que servirão para minimizar o custo Brasil, que tanto atrapalha nossa economia.