Nos últimos 12 meses, Santa Catarina perdeu 53 mil empregos (saldo entre admitidos e demitidos), de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego.
Desde o ano passado, mais de 9.300 lojas foram fechadas no Estado, segundo a Fecomércio. Na construção civil, de cada 10 contratos para aquisição de imóveis, quatro foram desfeitos, por dificuldade de pagamento.
A realidade de um país em crise é a quebradeira de empresas, o desemprego, a perda do poder aquisitivo e a descontinuidade de investimentos. Este cenário penaliza por demais as empresas e os trabalhadores da iniciativa privada, que veem seus cargos ameaçados, seus ganhos reduzidos e suas vidas desajustadas.
No ambiente público, a deterioração do resulta do primário nos últimos anos culminará com a geração de um déficit de até R$170 bilhões este ano, um aumento sem precedentes da dívida pública federal, que passou de 51,7% do PIB em 2013, para 67,5% do PIB em abril de 2016. As projeções indicam que, se nada for feito para conter essa espiral, o patamar de 80% do PIB será ultrapassado nos próximos anos.
Como diz o empresário Flávio Augusto da Silva, não temos dinheiro infinito. Por isso, a PEC 241 precisa ser aprovada também no Senado. Além disso, os políticos são confiáveis para terem um cheque em branco e sem limites em suas mãos? Óbvio que não.
De acordo com ele, ainda assim, a PEC 241 é fraca, porque apenas estabelece um teto. “Deveria mesmo é reduzir os gastos, porque arrecadamos menos do que gastamos. Todos os anos aumentamos a dívida, o que promove aumento na inflação, um vilão invisível que mete a mão no seu bolso todos os meses”, afirma.
Com teto para o gasto público, Governo e autarquias passam a considerar cada despesa, cada reajuste, cada novo gasto com uma visão mais racional e que respeita um dinheiro que parece não ser de ninguém, mas é de todos.
Com gastos mais adequados, o Governo poderá promover reformas administrativas e mesmo a tributária que, a longo prazo, fará sobrar mais recursos no bolo final. Recursos para obras públicas e para o sonhado, e necessário, desenvolvimento econômico e social de um país que precisa sair dessa que está sendo considerada por muitos a pior de suas crises.