As montadoras vão investir R$ 15 bilhões no Brasil até 2022. A manchete está no jornal Folha de S.Paulo da terça-feira passada. A reportagem detalha investimentos e inclui Joinville, com previsão de expansão das atividades da General Motors. A GM pretende investir R$ 4,5 milhões em Gravataí, São Caetano e Joinville.
A retomada dos investimentos por parte das montadoras simboliza, em parte, a retomada da economia brasileira. Segundo a reportagem, o setor automotivo produziu somente 2,2 milhões de unidades no ano passado, contra 3,7 milhões em 2013. O baque foi muito grande, mas a expectativa para 2017 é de 2,7 milhões de veículos, um crescimento superior a 20%.
O aumento das exportações, a super safra no campo e a desaceleração na queda do consumo dos brasileiros levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a melhorar sua previsão para o crescimento da economia do país em 2017, de 0,3% para 0,7% – há luz no fim do túnel.
Outro setor fundamental para o reaquecimento das vendas e do mercado de trabalho é o da construção civil, que já esboça sinais de reação. Em Joinville, de acordo com a coluna Livre Mercado, as vendas no primeiro semestre chegaram a R$ 216 milhões, com ênfase para os imóveis supereconômicos, especialmente do Programa Minha Casa Minha Vida.
A construção civil e o setor automotivo representam entre 15 e 20% do PIB nacional e ambos os setores tem a capacidade de geração de empregos mais rápida que a maioria dos segmentos. Outros setores já admitem que a situação parou de piorar, estabilizou ou mesmo voltou a melhorar.
A expectativa de vagas temporárias para o fim de ano, especialmente em função do Natal e das férias de janeiro, é considerada boa pelo setor de Serviços. O comércio não terá o seu melhor Natal, mas certamente ele será mais farto do que nos últimos três anos. Vamos trabalhar, e torcer, para isso.