Joinville está gastando na saúde em torno de 40% de todos os seus recursos. Isso faz com que nada sobra para o município investir em infraestrutura e haverá de fazer falta em outras necessidades.
A informação foi repassada pela secretária da saúde do município, Francieli Schulz, na reunião do Conselho Deliberativo da ACIJ. Muitas ações foram desenvolvidas na saúde em Joinville, especialmente no que concerne à organização e controle, redução das filas de cirurgias e consultas especializadas, assim como na legalização sanitária de todas as unidades de saúde.
Neste ano já foram entregues seis unidades básicas e o PA Norte e mais três unidades de saúde serão entregues até o final de 2015. Para 2016, a previsão é de nove unidades de saúde novas.
Hoje, a prefeitura tem 26 mil consultas/dia e um aumento significativo de cirurgias e serviços específicos. A secretária listou ainda outras obras e previdências para melhorar ao atendimento, atender as demandas jurídicas e as necessidades da população de modo geral.
Para coroar a sua boa apresentação, a secretária ainda conseguiu da ACIJ e do SESI a doação de um aparelho Arco Cirúrgico (ou Arco em C) para o hospital Bethesda, que está auxiliando o hospital São José em alguns procedimentos.
Segundo Francieli, em 2014 a cidade investiu 37,5% do orçamento em saúde, contra 28% em 2012. “Neste ano, já passamos de 40% do orçamento. A judicialização da Saúde é um problema de muitos municípios, porque a conta não fecha e a União está muito distante e o Estado não consegue dar uma resposta tão rápida”.
Em 2014, a PMJ investiu R$ 190 milhões, o Estado R$ 9 milhões e o Governo Federal R$ 161 milhões na saúde local (não entram nesta conta Hospital Regional, Maternidade Darci Vargas e Hospital Infantil). Segundo ela, o município tomou a decisão de mandar a conta para os outros municípios de algumas cirurgias feitas na cidade, de pacientes de outros locais. Lembrou ainda que em Joinville cerca de 40% da população é atendida por planos de saúde privados.