A semana se passou entre partidários da terceirização e os radicalmente contra. Desnecessária a guerra campal que se presenciou em Brasília. Mostra que nossa democracia ainda não considera o diálogo como a melhor forma de resolver as diferenças.
O partido do governo federal tem manifestado um enorme temor pelas terceirizações. O governo federal teme que este instituto, se aprovado, poderá provocar uma redução nas contribuições previdenciárias, no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e nos demais impostos e contribuições como um todo.
A terceirização é algo presente nas nossas atividades e há algumas cuja sobrevivência depende da possibilidade de terceirizar certos serviços, já que indisponíveis na sua sede. Aí podemos encontrar, por exemplo, as atividades de confecção, cuja mão de obra já está indisponível na região.
Pensamos que os temores tanto do partido da presidente como do próprio governo não se justificam. Não podem partir do pressuposto que os empresários se furtarão das suas obrigações e que a terceirização será utilizada para sonegar impostos e contribuições etc. As próprias estatais se encontram repletas de terceiros em suas instalações, como a própria Petrobrás e outras mais.
Precisamos que o governo pense com maturidade, sem segundas intenções. O empresário apenas quer manter a sua atividade, buscar custos menores onde quer que eles estejam. Essa é a regra do jogo. Melhor terceirizar do que importar para poder competir.
Se o governo federal não consegue reduzir seus custos, se prefere manter essa absurda quantidade de ministérios e os muitos penduricalhos deles decorrentes, que não interfira na atividade empresarial. São as empresas as grandes arrecadadoras de impostos.
Se buscam racionalizar seus custo,s é porque precisam respirar, preservar os empregos, a própria atividade e, obviamente, recolher impostos.