O SINDUSCON Joinville realiza na ACIJ, neste dia 26 de outubro, encontro para discutir o futuro do mercado imobiliário e as perspectivas da indústria da construção civil para 2023, os reflexos da queda no número de empreendimentos do padrão econômico na cidade e a possibilidade de aumento no teto do programa Casa Verde e Amarela.
Entre as presenças confirmadas estão o Secretário Nacional de Habitação, Alfredo Santos; o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, e a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos.
O evento gratuito será no Salão Nobre da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), a partir das 8h30. Para participar, é necessário fazer a inscrição antecipada CLICANDO AQUI.
De acordo com o presidente do SINDUSCON, Carlos Lopes, o programa Casa Verde e Amarela não considera o porte de Joinville e sua relevância econômica na definição da tabela de valores, fazendo com que o teto praticado na cidade seja inferior ao de outros municípios da região, como Florianópolis e Curitiba.
“Entendemos que é nosso papel fomentar essa discussão e pleitear um novo enquadramento da cidade no programa habitacional do governo federal. Ainda que não sejamos uma capital estadual, nossa participação econômica, potencial da indústria da construção civil e demanda por imóveis do padrão econômico precisam ser levados em conta”, comenta Lopes, lembrando que outros assuntos também serão discutidos durante o evento.
Descompasso
Na avaliação do presidente do SINDUSCON Joinville, o descompasso nos valores do programa habitacional em comparação com outras cidades não apenas limita o lançamento de empreendimentos de padrão econômico em Joinville como compromete o acesso de uma significativa parcela da população à moradia.
“O teto do Casa Verde e Amarela é de R$ 209 mil em Joinville. Estamos enquadrados na categoria ‘demais cidades’ sem que se observe o porte de Joinville e a relevância da região metropolitana”, analisa Carlos Lopes.
Em Florianópolis e Curitiba, o teto do CVA é de R$ 236.500,00 – uma diferença de R$ 27.500,00 ou 11% superior ao de Joinville. “Em 2021, o Ministério do Desenvolvimento Regional corrigiu os valores do Casa Verde e Amarela em 10%, mas a variação no custo da construção civil em Santa Catarina foi de 15,8%. No acumulado de 12 meses chegou a 23,2%”, compara o vice-presidente da CBIC para a região Sul e diretor de Relações Institucionais do SINDUSCON Joinville, Marco Antonio Corsini.
Segundo Carlos Lopes, esse desequilíbrio preocupa o setor. “Com o custo de construção mais alto, muitos lançamentos ficam fora do programa, o que reduz as opções para os joinvilenses que desejam financiar um imóvel pelo Casa Verde e Amarela”.
Padrão econômico
Entre 2019 e 2021, Joinville teve queda de 16,67% no lançamento de empreendimentos enquadrados no programa habitacional do governo federal. Dos 34 empreendimentos lançados em 2019, 17% foram voltados ao então Programa Minha Casa, Minha Vida.
No ano passado, apenas 11% dos 45 lançamentos se encaixaram no Casa Verde e Amarela. Em número de unidades habitacionais, Joinville lançou, em 2021, 577 apartamentos do padrão econômico. No primeiro semestre de 2022 foram apenas 80 unidades.
De acordo com um levantamento do SINDUSCON Joinville, só no primeiro trimestre de 2022, 12 empreendimentos em comercialização poderiam ter sido inseridos no programa se o teto fosse ajustado para o nível de cidades como Florianópolis e Curitiba. “Acreditamos que seja possível manter uma coerência e equiparação com as capitais de Santa Catarina e do Paraná”, diz Corsini.
SERVIÇO
- O quê: Encontro com o Secretário Nacional de Habitação, Alfredo Santos.
- Quando: 26/10 (quarta-feira), a partir das 8h30.
- Onde: Salão Nobre da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) – Av. Aluísio Pires Condeixa, 2.550, bairro Saguaçu.
- Inscrições: CLIQUE AQUI
- Informações: SINDUSCON Joinville – 47 3461-3345