Obras estruturantes precisam de recursos do Estado e mesmo da União para serem implementadas
Com a inauguração do viaduto Luiz Henrique da Silveira e da duplicação da avenida Santos Dumont, concluímos mais uma etapa no importante e urgente processo de melhoria da mobilidade em Joinville.
Já licitada, mas ainda sem recursos provisionados, a duplicação da rodovia que liga a BR-101 à Santos Dumont (Hans Dieter Schmidt e Edgard Meister) é outra etapa fundamental para amenizar um pouco o pesado tráfego na região industrial da cidade.
A Prefeitura está atenta para os principais gargalos e tem feito ações pontuais, mas algumas obras estruturantes precisam de recursos do Estado e mesmo da União para serem implementadas. Em visita a Santa Catarina na quarta-feira, Michel Temer anunciou recursos para obras de infraestrutura em várias regiões do Estado, mas o norte não foi contemplado.
Enquanto Florianópolis, por exemplo, anuncia a terceira pista para a Via Expressa, e Criciúma inaugura uma estrada duplicada entre a BR-101 e o centro, Joinville permanece com seus principais acessos em pista simples, condição que não atende uma região por onde circula mais de um milhão de pessoas.
Paralelamente aos problemas de mobilidade urbana, não tiramos a atenção das rodovias que margeiam ou cortam o município, como as BRs 101 e 280 e a SC 416, a famosa estrada Dona Francisca.
A BR-280 está sendo duplicada, mas, no ritmo atual, não ficará pronta nos próximos 10 anos. A SC 418 (serra Dona Francisca), que liga Joinville ao Planalto Norte, passando por Campo Alegre, São Bento do Sul e Rio Negrinho, não tem expectativa de receber qualquer investimento mais significativo.
Mas, pela importância da estrada e os perigos que oferece, precisa de uma solução urgente, que pode passar pela concessão e pedágio ou por uma manutenção ampla, que priorize o recapeamento, sinalização e iluminação. É o mínimo que a população, que produz e paga seus impostos, tem que exigir.