Na última quarta-feira, os Bombeiros Voluntários de Joinville novamente nos encheram de orgulho e até nos devolveram a esperança de que é possível ainda fazer um país melhor.
Mobilizaram, com muita competência, empresários, comunidade e políticos (inclusive de correntes partidárias diferentes), para ter que novamente defender a manutenção do que funciona bem, do que é eficiente e racional, do que efetivamente traz resultados concretos à sociedade.
A rápida e simplista comparação entre os custos dos serviços oferecidos pelas corporações voluntários e os bombeiros militares por si só já justifica o pleno apoio ao modelo do voluntariado, que custa algo como vinte vezes menos do que a estrutura estatal.
Joinville e os outros 30 municípios que mantém bombeiros voluntários tiveram, no passado, o mérito de mobilizar a sociedade e estruturar corporações que demandam recursos financeiros infinitamente menores do que o aparato público, mas que oferecem serviços de qualidade, com equipamentos de ponta, que não raras vezes são disponibilizados nas regiões e casos onde o governo não consegue chegar ou atender.
A garra e a persistência com que a Corporação vem lutando pelo direito de trabalhar em prol da sociedade merecem o nosso elogio e a reflexão do quanto é difícil fazer serviço voluntário de maneira séria neste país.
Vale ressaltar ainda o apoio da sociedade civil organizada aos bombeiros voluntários, bem como a atuação dos deputados estaduais Darci de Matos e Reno Caramori, que lideraram a articulação voluntária na Assembleia Legislativa, que assegurou que, nos municípios onde existem Bombeiros Voluntários, o poder de polícia para fiscalização e autuação de estabelecimentos em desacordo com as normas contra incêndio.