Estivemos reunidos, acompanhados do presidente da Associação Corpo de Bombeiros Voluntários Moacir Thomazi e do presidente da Associação Comercial e Industrial de Jaraguá do Sul Giuliano Donini, com o comando geral dos bombeiros militares e com o Secretário de Segurança Pública, com o objetivo de uma vez por todas sensibilizar a corporação de que as cidades de Joinville, Jaraguá do Sul e demais atendidas pelos voluntários, necessitam de mais (muitos mais) militares, mas policiais e não bombeiros.
Difícil entender a insistência da corporação militar, durante a reunião, em firmar posição no sentido de que Joinville tem que se enquadrar e que não pode ser diferente de Blumenau. Ora, Joinville é diferente de Blumenau. Ambas grandes cidades com suas próprias características e valores, mas que a corporação militar não pode usar como argumento a seu favor.
Valores só podem ser comparados para somar, nunca pra retirar direitos ou impor condutas não necessárias. A última proposta da corporação militar deixou a todos frustrados, ou seja, a de que ela se instalaria nas dependências dos voluntários, cobrariam pelas vistorias nas empresas -custo hoje inexistente– aplicariam multas e repassariam os valores para os Bombeiros Voluntários. Proposta obviamente recusada, primeiro porque passou a impressão de que os Voluntários estariam à venda. Podemos lhes assegurar que não estão. Em segundo, porque isso seria um aumento de impostos e taxas, tão combatido pelo governador, numa época de recessão econômica, perda de empregos, etc. Criar uma nova taxa para as empresas não seria sábio, além de perverso.
Numa outra reunião havida com o governador Raimundo Colombo, desta feita patrocinada pela Facisc (Federação das Associações Empresariais), o mesmo se comprometeu em 15 dias a resolver o problema e acreditamos na firmeza de propósitos do governador. Nosso governador, como sempre, é muito sensível ao voluntariado. Uma apenas é a solução: deixem para os voluntários que há praticamente 124 anos atendem muito bem a nossa comunidade e também há muitos anos nas demais cidades.
Para que não faltem argumentos para a decisão do Sr. Governador, na cidade de Joinville, a corporação voluntária dispõe de 1.700 homens que, por certo, dão conta do recado e muito bem, dispensando até mesmo o bloco de multas.