O presidente da ACIJ João Joaquim Martinelli abriu a reunião do Conselho falando dos prejuízos trimestrais, bilionários de algumas grandes empresas brasileiras, como Correios, Gol, Gerdau e Usiminas. Em contrapartida, comentou sobre os lucros também bilionários do sistema bancário, especialmente.
Como trabalhou sete anos na Whirlpool, Claudia Sender, CEO da TAM, esteve na ACIJ a convite do presidente da Whirlpool João Carlos Brega e contou sua história de sucesso. Paulistana, Sender fez Engenharia Química na Unicamp, após tentar Engenharia de Alimentos.
‘Eu tinha todas as respostas, eu procurei me tornar imprescindível quando sofri preconceito de gênero”, afirmou, ao contar episódios do início da carreira, em uma consultoria.
Ela contou também que, como consultora, entrou na TAM e viu Ebitda (resultados antes dos impostos) 35% negativo e isso se tornou um grande desafio. Claudia Sender ingressou na Whirlpool com 30 anos de idade e buscou resolver as questões de fogões e lavadoras, antes de ir para a aviação.
Ela destacou o brilho no olhar, a vontade do empreendedor, pessoas que tem a causa como objetivo maior, o que a cativou para o próximo desafio, em 2009, de assumir os negócios no Brasil da fusão Lan e TAM, aos 39 anos.
“Os primeiros anos foram muito complicados, porque operávamos com 65% de capacidade, o que nos exigiu um grande plano de readequação, melhorando a rentabilidade, o que nos levou a ser presidente da TAM em maio de 2013”.
São 27 mil colaboradores na empresa, que transporta mais de 100 mil pessoas por dia, e tem a 7ª maior folha de pagamentos no Brasil. Ela anunciou para o próximo ano o lançamento da nova marca, um desafio gigante, já que a marca TAM chega a 40 anos e a LAN tem cerca de 80 anos.
“Acreditamos que podemos fazer a diferença no mundo e criar uma nova imagem para uma empresa latino-americana, com a marca Latam”, afirmou. Segundo ela saber ouvir foi o principal ensinamento de quem passou pela área de Marketing. “Ouvir e entender o cliente é fundamental”.
Jalmei Duarte, presidente da Águas de Joinville, explanou sobre a melhoria da infraestrutura no aeroporto e reivindicou voos mais tarde a partir de São Paulo e a melhoria de tarifas. O vice-presidente da ACIJ Moacir Thomazi reforçou fortemente a questão das tarifas e o alto custo dos voos de Joinville, especialmente em comparação com Curitiba.
Para Claudia, os problemas de infraestrutura são os principais culpados, mas também falou do aumento de custos e a questão da oferta e demanda, para justificar as tarifas praticadas.