O que levou a Weg a ser uma companhia de grande porte? Sua cultura empresarial, responde Décio da Silva, presidente do Conselho de Administração do Grupo. Desde o início, os fundadores criaram uma vantagem competitiva muito importante, que inclui Visão de Longo Prazo, Execução e Pessoas.
“Nosso planejamento estratégico, feito há mais de 30 anos, nos mostra como crescer. Tivemos que investir em pessoas, numa cidade pequena, de cultura agrícola até então. Nossos executivos, dos 20 principais, não são de carreira”, destacou.
O Negócio da Weg, segundo ele, está ligado a eficiência energética, energias renováveis e automação. “Energia Eólica é uma realidade e a energia solar um sonho. A Eólica veio pra ficar, mas a solar ainda precisa de investimento”.
Segundo Décio, as grandes diretrizes estratégicas são conhecidas em todos os níveis e a direção pra onde a empresa está indo é sabida por todos.
Depois detalhou os investimentos pelo mundo, com destaque para o México e China, com investimentos superiores a R$ 300 milhões.
“Não temos clientes excessivamente grandes e trabalhamos com todas as moedas. Isso ajuda a mitigar um pouco o risco nos negócios. Além disso, nossos negócios nos permitem crescer por etapas, em degraus, o que chamamos de expansão modular.”
Destacou ainda a presença global, a capacidade de crédito e o modelo verticalizado, como diferenciais competitivos interessantes.
“A gente tem que sonhar grande, mas levantar cedo pra trabalhar no direção do nossos sonhos. Sonhar grande não resolve tudo, mas às vezes é um bom começo.”
Sobre o Conselho de Administração, Décio ressaltou que são oito membros e apenas três das famílias fundadoras, embora as famílias tenham 65% do total das ações da empresa. Já o Conselho de família tem seis membros consanguineos e três fundadores natos, com a missão de ser guardião do acordo de acionistas, comunicação entre empresa e acionistas e para ajudar a desenvolver as novas gerações.
A WPA, holding da família, tem 50,1% da Weg e o controle da Oxford, entre outros negócios.