Inteligência emocional, saúde mental, nova liderança, transformação digital, governança e empreendedorismo. Estas são algumas das linhas de aprendizado das 50 palestras escolhidas por meio de rigorosa curadoria e apresentadas pela Expogestão Digital nos dias 27, 28 e 29 de outubro. O evento contou, mais uma vez, com a parceria da ACIJ.
“Foi uma experiência transformadora, com diferentes aprendizados para toda a organização. Temos recebido feedbacks muito positivos dos participantes sobre o formato e sobre o conteúdo do evento”, afirma o empresário Alonso Torres, idealizador da Expogestão.
Todo conteúdo está disponível e organizado no site da Expogestão para quem quiser revisitar as apresentações ou até mesmo para quem não conseguiu acompanhar o evento e gostaria de fazer uma ou mais trilhas de aprendizado.
Confira a seguir mensagens de 10 dos 50 palestrantes do evento que provocam reflexão, aprendizado e desenvolvimento.
“Estamos assustados com a forma que o mundo é hoje. E esse medo faz com que as pessoas tenham uma reação contrária às mudanças. Ao ver um carro autônomo, a maioria já pensa que ele irá matar alguém, vai causar um grande acidente, e a primeira reação é banir a tecnologia. A humanidade precisa fazer uma escolha como uma espécie global, definindo a direção que quer seguir”.
SALIM ISMAIL, futurista e empreendedor
“Estamos em alto-mar, em meio a uma tempestade. Temos botes, mas são diferentes. Uns estão preparados, navegam bem. Outros fazem água, precisam de reparos. E há os que provavelmente afundarão. Em qual você está? Como enfrenta a tempestade? Se você está num bote que precisa de reparos, tome atitudes corretivas. Faça uma auditoria e veja o que não está funcionando. Reinvente seu negócio”.
HITENDRA PATEL, pensador e consultor
“O sucesso das organizações do futuro depende de fatores como foco claro, orientado por um propósito. Também é necessário ter uma diferenciação notável e positiva em relação aos concorrentes, com um olhar direcionado à resolução do problema do cliente. Os promotores da mudança, que são os colaboradores, precisam estar entusiasmados para promover a eficácia operacional e disciplinada que o novo modelo exige. São equipes autodirigidas e multifuncionais, que operam em rede, colaborativamente. E a seleção natural se dará pela capacidade de continuar se adaptando”.
LUIS LOBÃO, professor e consultor
“A maioria das pessoas deixa a organização não por que a companhia é ruim, mas pela qualidade de liderança. Como inspirar as pessoas para o futuro? Como mostrar que o futuro na organização em que ele está vale a pena? Quase todo livro de liderança diz que o líder precisa ter algo que inspire as pessoas, que una as pessoas. O segredo está em como fazer isto. A liderança é que constrói a ponte entre o hoje e que virá. Para isso, é necessário conceito, técnica, tática e ferramentas”.
PEDRO MANDELLI, mentor e consultor
“Resiliência é conseguir aproveitar a experiência de uma adversidade, de uma grande transformação, para sair dela com uma organização ainda melhor. O investimento em cinco capitais é indispensável para que a empresa possa ser resiliente. O primeiro é o financeiro: é preciso manter conservadorismo na gestão financeira. O segundo é o cognitivo: ter pessoas qualificadas e investir em aperfeiçoamentos. Os outros três são os mais importantes: moral (ter, de maneira genuína, um propósito e valores compartilhados), emocional (ter um ambiente emocionalmente positivo na empresa, de amizade) e relacional (investir em relação com clientes fornecedores e comunidades)”.
ALEXANDRE DI MICELI, professor e consultor
“Segurança digital é formada por três fatores essenciais. O primeiro é treinamento e educação. Não adianta ter ferramentas se as pessoas não sabem usá-las. A inteligência estratégica é o segundo fator: é preciso entender o que está acontecendo, as novidades, as ameaças que estão ao redor e ser inteligente o suficiente para se preparar para o que virá no futuro. O terceiro ponto é um sistema de proteção. Mas não adianta comprar o melhor sistema de proteção sem os dois primeiros fatores”.
CLAUDIO MARTINELLI, executivo de segurança digital
“Construir confiança e respeito tem a ver com comunicação, abertura e transparência. Essa sensação de segurança traz engajamento, com mais produtividade e alta performance. Hoje, mais do que nunca, é preciso ter conexão forte com o time, e fazer com ele tenha essa conexão com o propósito da empresa. Isso faz muita diferença no engajamento e na busca por resultados. Em momentos de dificuldades, há muitas oportunidades. E um dos papéis do líder é ter otimismo e enxergá-las junto com a equipe, buscando novos caminhos. Isso é crucial”.
GIJS VAN DELFT, executivo
“A covid-19 acelerou paradigmas. Como será o mundo amanhã? Quais hábitos da quarentena serão mantidos? Quais nunca poderão ser retomados? As mudanças são tantas e tão rápidas, que precisamos agir como camaleões. Hábitos são uma genial ferramenta da natureza, respostas automáticas para problemas frequentes. Hábitos são uma belíssima maneira de liberar o cérebro para que a consciência possa agir. Tudo tem a ver com hábito, de superar os desafios da mudança. O problema ê que muitas vezes tentamos mudar a coisa errada ou mudar hábitos com a estratégia errada”.
FABIANO MOULIN, médico neurologista
“Só queria compartilhar minha habilidade no jogo. Aí a audiência começou a crescer, e vi que poderia monetizar aquela fantasia. Meu pai, empresário, me incentivou e ensinou algumas coisas. Chamei meu irmão mais novo para administrar. O empreendimento cresceu e hoje temos uma grande equipe gerindo uma empresa. E eu posso me dedicar à criação de conteúdo, algo que me exige muito tempo. Se o seu filho quer jogar, deixe. O game estimula o cérebro. E pode render um bom ganho financeiro”.
FLAKES POWER, influenciador digital
“Com a evolução da medicina, prevê-se que ainda neste século o ser humano terá cem anos de vida útil. Não há como ficar tanto tempo numa só carreira. A adaptabilidade será cada vez mais importante. Vejam os exemplos do início do século passado, quando duas profissões se sobressaíam, a de acendedor de lamparina e a de trocador de ferradura; quando vieram a luz elétrica e o automóvel, esses profissionais ficaram sem função, pois não se adaptaram à evolução. E não se pode confundir adaptabilidade com flexibilidade: Flexível é quando você é colocado num contexto extremo, sem romper os valores, mas na primeira oportunidade volta ao que era antes. Na adaptabilidade você aprende, transforma-se”.
RICARDO BASAGLIA, headhunter