Em novembro, o emprego na indústria caiu 0,4% na comparação com o mês de outubro, o que é a oitava taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 4,3% no ano de 2014. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, dia 15, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral apontou redução de 0,5% no trimestre encerrado em novembro de frente ao patamar assinalado no mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em abril de 2013. Na comparação com novembro de 2013, o emprego industrial mostrou queda de 4,7%, 38º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde outubro de 2009 (-5,4%).
Com isso, o total do pessoal ocupado assalariado também recuou no índice acumulado dos onze meses do ano (-3,1%). A taxa acumulada nos últimos 12 meses, ao recuar 3,0%, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro do ano passado (-1,0%).
No confronto com igual mês do ano anterior, o emprego industrial recuou 4,7% em novembro de 2014, com o contingente de trabalhadores apontando redução nos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo sobre a média global foi observado em São Paulo (-6,1%). Vale citar também os resultados negativos assinalados por Minas Gerais (-4,5%), Região Nordeste (-3,8%), Paraná (-4,8%), Rio Grande do Sul (-4,4%) e Região Norte e Centro-Oeste (-4,2%).
Setorialmente, ainda no índice mensal de novembro de 2014, o total do pessoal ocupado assalariado recuou em dezesseis dos dezoito ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de alimentos e bebidas (-4,0%), meios de transporte (-7,7%), produtos de metal (-8,3%), máquinas e equipamentos (-6,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,2%), calçados e couro (-7,9%), vestuário (-4,8%), outros produtos da indústria de transformação (-6,5%) e metalurgia básica (-5,8%). Por outro lado, os impactos positivos sobre a média da indústria foram observados nos setores de produtos químicos (1,0%) e de minerais não-metálicos (0,1%).
Em novembro de 2014, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, recuou 0,9% frente ao mês imediatamente anterior, sétima taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 4,9%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral apontou recuo de 0,6% no trimestre encerrado em novembro de 2014 frente ao patamar do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em maio de 2013.
Já o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 2,6% frente ao mês imediatamente anterior, eliminando parte do avanço de 1,1% registrado em outubro último. Vale destacar que nesse mês verifica-se a influência negativa tanto da indústria de transformação (-2,2%), quanto do setor extrativo (-3,7%). Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apontou recuo de 1,0% no trimestre encerrado em novembro de 2014 frente ao patamar do mês anterior e interrompeu a trajetória descendente iniciada em fevereiro último.
Fonte: IBGE