Com intuito de contribuir com recursos, instrução ou equipamentos para melhorar o sistema de segurança pública da maior cidade do Estado, o Conselho das Entidades Empresariais de Joinville se reuniu nesta terça-feira, 19, para conhecer o funcionamento da Associação Amigos da Polícia Militar de Joinville (AAPMJ). Na ocasião, o presidente Raulino de Souza expôs como é a atuação na cidade. O encontro foi realizado na Associação Empresarial de Joinville (Acij) com a participação da Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Acomac), Associação de Joinville Região da Pequena, Micro e Média Empresa (Ajorpeme) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
“A segurança pública precisa de parcerias. Percebemos que nos municípios em que a entidade pública estadual está presente, com o apoio da municipal e do setor privado há um diferencial positivo nos índices de segurança. Várias coisas se podem fazer com uma simples doação”, destacou o coronel da Polícia Militar. Como exemplo, citou as parcerias que vêm acontecendo em municípios como São Bento do Sul, no qual, em cinco anos, arrecadou-se 535 mil para auxílio na segurança local. Das 16 cidades da região Norte e Nordeste, Joinville era a única que não detinha o convênio de repasse das multas de trânsito, havia sido rompido em 2016 e foi assinado em setembro de 2019.
O modelo usado em Jaraguá do Sul também foi abordado, mas o estatuto da associação é diferenciado. “Entendemos que é o melhor formato a ser colocado em prática porque agrega mais órgãos de segurança, setor privado, Ministério Público e Judiciário”, ponderou o diretor da ACIJ, Renato Feres. Na mesma linha de defesa, o presidente da CDL, José Manoel Ramos, comentou de que a abertura da associação seria o ideal. “Percebemos que o trabalho é sério e com bastante resultado, mas como as demandas de Joinville são muitas, entendemos que é preciso unir em uma única associação porque logo haverá várias, uma puxando para cada lado”. Em Jaraguá do Sul a associação atua por demanda e o conselho decide para qual área aplica os recursos, 60% são destinados para a Polícia Militar.
Enquanto o modelo de auxílio por associação não se define, no curto prazo, o presidente da AAPMJ ponderou os setores nos quais os empresários podem contribuir com a segurança pública: ajudar institucionalmente a formalizar um convênio para a Rádio Patrulha, inexistente desde os anos 80 e, auxiliar com aporte financeiro na aquisição de armas de choque, Sparks, com autorização de compra pelo Exército Brasileiro no mês de março de 2020.
Bons exemplos
A Associação Amigos da Polícia Militar de Joinville (AAPMJ) surgiu em 2018, possui 37 integrantes, tem paridade nos membros, é reconhecida com certidão estadual e possui conselho fiscal com servidores da Receita Federal. Em 2018, desenvolveu 26 projetos, alguns concretizados pelo Governo do Estado, outros com apoio da iniciativa privada. Para quem tiver interesse em conhecer mais sobre o trabalho em prol da Polícia Militar de Joinville, pode acessar a página: www.facebook.com/APMJlle. É possível se associar, auxiliar na captação de recursos e disseminar as ações junto à comunidade.
De empresários vinculados a ACIJ, há bons exemplos de empresas que contribuem com a Polícia Militar. É o caso da Gidion Transporte e Turismo; a Companhia Latino Americana de Medicamentos (Clamed); a Tupy S.A.; a Docol Metais Sanitários; a Schulz S.A.; e a Catarinense Pharma. As doações foram efetivadas em manutenções, aquisição de equipamentos ou treinamento de efetivo.
Logística reversa
A Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Acomac) trouxe para discussão a logística reversa. O presidente Rudi Soares informou de que a entidade fechou convênio com a Filtroville, a qual fará a destinação correta dos resíduos de construção civil.