Historicamente, nossos deputados nunca trabalharam numa única direção e sempre preferiram aderir aos movimentos e orientações partidários
Nos últimos anos, Joinville foi relegada a um segundo plano pelo governo estadual, o que deixou a cidade sem referência. Não tivemos secretarias de primeiro escalão, enquanto que cidades com muito menor representação foram agraciadas com cargos, influência e recursos. Basta ver o progresso de algumas delas que contribuem muito menos para o tesouro do estado do que a nossa cidade e, mesmo assim, foram presenteadas com grandes investimentos.
Não nos esqueçamos de que, além disso, se não reagirmos, a capital levará a grande fatia dos recursos. Basta ver as obras de infraestrutura que lá são feitas, onde até a Estação Rodoviária é estadual, sem contar todos os hospitais. É hora de Joinville reagir à altura da sua representatividade social, econômica e política e não permitir que candidatos ao governo do Estado que por aqui peregrinarem em busca de votos, apenas usem Joinville como trampolim para chegar à chefia do poder executivo.
A cidade e as entidades que representam os segmentos econômicos – ACIJ, Ajorpeme, Acomac e CDL – conforme já decidido na reunião das mesmas, apoiarão os candidatos ao governo do estado que deixarem de forma muito clara os compromissos que assumirão com Joinville.
Esses compromissos deverão ser declarados e precisarão ser compatíveis com a arrecadação que a cidade propicia, associada à que já propiciou ao longo dos anos. Nossas obras de infraestrutura estão todas paralisadas e sem qualquer previsão de retomada. Sem essas obras a cidade não tem como crescer e continuar a gerar riquezas e empregos.
Quanto aos candidatos a deputado Estadual e Federal, também é chegada a hora de se criar a bancada de Joinville. Nossos representantes trabalham em trilha própria, quase sempre na direção de interesses de segmentos, que nem sempre refletem os interesses da cidade e da sua população.
Historicamente, nossos deputados nunca trabalharam numa única direção e sempre preferiram aderir aos movimentos e orientações partidários, que nem sempre se coadunam com os interesses daqueles que os elegeram. Hora de pensar que lá estão nos representando, exercendo uma atividade que receberam por delegação e por isso devem manter os olhos fixos em quem os elegeu. Quando outubro vier, oxalá todos se lembrem disso.