A inovação contínua é um tema que está cada vez mais na ordem do dia das organizações empresariais e do mundo dos negócios.
Processo que impulsiona gerações de combinações de inovações incrementais e inovações radicais, a inovação contínua é um caminho sem volta alavancado pela aceleração da transformação digital causada pela pandemia de covid-19 e pela ISO 56.002 – Sistema de Gestão da Inovação com ciclo PDCA – publicada no final de 2019.
A avaliação é do especialista em inovação e gestão de conhecimento Neri dos Santos, CEO do Instituto Stela e professor sênior da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O professor Neri classifica a inovação contínua em três categorias.
A primeira é um processo de atividades de inovação realizadas de forma contínua, regular, rotineira e estruturada, por um período mais prolongado, causando um impacto significativo na organização. Três características principais podem ser evidenciadas nesta categoria: a persistência na busca da inovação, o crescimento sustentável da economia como um todo e o desenvolvimento sustentável das empresas individualmente.
Um segundo tipo de inovação contínua se caracteriza pela capacidade da empresa aprender e de se reinventar de forma continuada para criar novos produtos, novos processos, novas organizações e novos modelos de negócios. Também aqui se evidenciam três elementos principais: a melhoria contínua, o aprendizado e a inovação.
O terceiro grupo de definição é a capacidade de combinar a excelência de hoje com atividades que visam a alcançar e manter a excelência também no futuro.
“Eclipsada pelas emergências sanitárias e econômicas em 2020 e 2021, período mais desafiador da pandemia, a ISO 56.002 tende a ocupar mais espaço na agenda das empresas com a retomada plena das atividades econômicas e sociais”, avalia Neri dos Santos.
O especialista lembra que na transição do século 20 para o século 21, a sociedade evoluiu de um processo de produção seriada, no modelo industrial tradicional, para uma produção customizada a partir da vontade do mercado – exigindo a produção em lotes menores, mas com maior valor agregado, na lógica lean manufactoring.
“O que está acontecendo agora é que transformação digital nos fez saltar para uma produção personalizada, praticamente individual, o que vai exigir cada vez mais a inovação contínua, suportada evidentemente pelas novas tecnologias, por novos modelos organizacionais e, sobretudo, pelos novos modelos de negócios, na lógica lean full”, conclui Neri dos Santos.
O tema será um dos destaques da programação da ExpoGestão 2022, que conta com o apoio da ACIJ e será realizada de forma presencial nos dias 23, 24 e 25 de agosto.
O assunto será tratado no painel “Inovação contínua e perenidade dos negócios”, mediado pelo professor Neri dos Santos e com a participação da diretora executiva de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Adriana Martin, e mais dois executivos de empresas que são referências nacionais e no exterior.
Acompanhe a programação no site www.expogestao.com.br