A população economicamente ativa cresceu muito nesses anos e precisamos criar muitos mais empregos ainda
A economia de Joinville recuperou as 13,2 mil vagas que perdeu entre 2015 e 2016, quando agravou-se a crise que somente agora começa a perder força e que deve ficar definitivamente para trás, passadas as eleições presidenciais. O pior ano foi 2015, com a extinção de mais de 10 mil vagas. Outras três mil foram fechadas em 2016. Essa recuperação do emprego ficou mais visível no setor de serviços.
Entretanto, esses dados não se prestam a grandes comemorações, isto porque apenas este mês, chegamos ao patamar de 2015. A triste e dura realidade é que perdemos três anos e ainda há muito por ser feito. A população economicamente ativa cresceu muito nesses anos e precisamos criar muitos mais empregos ainda. Esse é o grande desafio.
Os dados do Ministério do Trabalho referentes ao mês de setembro mostram que a cidade de Joinville foi novamente a campeã na geração de empregos no Estado, com 1095 vagas no mês passado. A indústria teve desempenho negativo e o comércio apresentou um crescimento tímido – mas que deve melhorar com a chegada das festas do final do ano. Preocupa ainda a construção civil que está demorando muito para reagir e é uma grande fonte de empregos.
O setor industrial dispõe de vagas e o mercado parece não ter profissionais suficientemente habilitados para preenchê-las. A aproximação entre a Escola e a Empresa se faz ainda mais importante neste momento, em que os ofícios passam por fortes transformações e as pessoas precisam ser habilitadas para ocupar estas novas vagas.
Diferentemente do restante do Estado, a cidade mostra vigor em sua economia e reinventa-se de forma rápida, para suprir as lacunas existentes. Governantes costumam dizer que Santa Catarina foi o último Estado a entrar na crise e a primeiro a sair.
Podemos dizer que Joinville, entre as cidades do Estado, é a primeira a proporcionar aos seus moradores uma situação de normalidade, com a volta das oportunidades de trabalho, embora ainda longe do pleno emprego, já que, como dissemos, estamos retornando ao patamar de 2015.