A Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) encaminhou correspondência aos Senadores e Deputados Federais Catarinenses, solicitando posicionamento contrário a mais uma proposta de aumento de carga tributária, desta vez do Senador Lindberg Farias (PT/RJ).
Propõe o senador petista, em emenda à Medida Provisória 665/2014, a instituição de alíquota de 15% de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre os lucros e dividendos distribuídos a pessoas físicas detentoras de cotas ou ações das empresas, lucros esses já totalmente tributados na sua geração.
Em sua justificativa, Lindberg Farias afirma que não é justo que colaboradores tenham recolhido 27,5% dos seus proventos a título de Imposto de Renda, “se os sócios não pagam nada”.
Equivoca-se duas vezes o jovem Senador. Primeiro, ao afirmar que o empresário não paga nada ao Fisco. Depois, ao querer imputar mais uma alíquota aos dividendos recebidos, quando deveria trabalhar pela desoneração do salário do trabalhador, duramente penalizado com o Imposto de Renda.
As taxas e impostos imputados às empresas são quase que automaticamente repassados à população, pois compõem a planilha de custos dos produtos e serviços e são pagos por quem os consome. Novos impostos, todos sabemos, servem para engrossar os índices inflacionários e corroer o salário do trabalhador.
Além disso, retiram de circulação recursos importantes para o giro da economia e a construção de um círculo virtuoso: quanto mais dinheiro em circulação, mais consumo. Mais consumo gera mais produção, que gera mais empregos e vendas e novamente mais dinheiro em circulação. E todo esse movimento proporciona mais impostos, para o Governo prover as necessidades básicas do cidadão. Essa lógica, infelizmente, não é compreendida pela maioria dos nossos representantes políticos.