Na semana passada fomos surpreendidos com a prisão do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), sob a acusação de desvios de recursos do denominado sistema S. Não nos compete fazer qualquer prejulgamento, competência da justiça, mas a prisão nos conduz à reflexão do tamanho desses custos e sua aplicação. Os recursos destinados ou oriundos do sistema S são expressivos e muitas vezes os vemos sendo gastos em sedes imponentes, espaços campestres, clubes de campo e não é nosso colaborador que visita esses ambientes.
“No índice de percepção da corrupção, entre 180 nações, o Brasil ocupa a 105ª colocação”
Outra necessária reflexão, todos devem ter a consciência de que não é apenas no setor público que a corrupção se instalou. Quando há um ente público corrupto, é bem provável que do outro lado da mesa, esteja um ente privado. As verbas que compõem a estrutura S são públicas – provém da folha de pagamento das empresas – e destinadas ao setor privado e depois podem ser aplicadas em ações em favor dos empregados. São entidades patronais legalizadas, como as confederações e federações, as responsáveis pela administração destes valores. Por hora, destinadas ao treinamento, consultoria e, principalmente, voltadas à pesquisa e ao aperfeiçoamento profissional.
De acordo com a Receita Federal em 2018 foram repassados R$ 17,08 bilhões ao Sistema S; em 2017 outros 16,47 bilhões. Caso haja desvios, faz-se necessário uma reavaliação do núcleo em funcionamento. Precisamos preservar instituições que fazem parte da história profissional do brasileiro e entre elas estão o Serviço Social (SESI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Social do Comércio (SESC) – apenas mencionando alguns para não ser exaustivo. Mais responsabilidade na gestão desses recursos é necessária. Em Santa Catarina, temos absoluta convicção da retidão da aplicação dos mesmos.
É necessário melhorar as regras de compliance, sem burocracia, com o propósito de ver cumpridos requisitos éticos, sem os quais não pode uma organização pensar em perenidade. A falta de ética até pode aumentar o bolso das pessoas, porém, não permite a continuidade. Nunca é demasiado lembrar que, apesar de todas as atitudes anticorrupção tomadas, no índice de percepção da corrupção, entre 180 nações, o Brasil ocupa a 105ª colocação. Estamos distante dos países nórdicos e essa deve ser a meta a ser perseguida. Não devemos nos contentar com menos.
A representatividade do associado
A Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) tem uma marca de 108 anos de história completos em 16 de fevereiro. Manter a instituição forte contribui com a sociedade, nela estão às empresas geradoras de trabalho e renda. Os 1.779 sócios detém 140 mil empregos na cidade e, neste aspecto, quem enobrece a instituição são os seus membros. Dentro da ACIJ está guardada a história e a experiência das pessoas e empresas que contribuíram com a pujança de Joinville.
Mas é necessário ter o jovem, e que este também busque o aperfeiçoamento, cresça economicamente e abra novos mercados. Empresas jovens e tecnológicas são bem vindas, há 25 núcleos com variadas atividades empresariais para acolher a todos. A diretoria preza pela experiência dos nomes que a integraram ao passar de um século, porém, com intuito de agregar desenvolvimento econômico e social, precisa de pessoas contemporâneas para manter a força da representatividade e sempre fortalecer o associativismo.
Diretas
DIRETORIA: Os 19 membros da diretoria da ACIJ juntamente com o Conselho dos Núcleos e o Conselho das Entidades Patronais Conveniadas (Consep) voltaram se reunir semanalmente. Durante o encontro, esteve pauta a relação com os poderes públicos; a legislação tributária; a dificuldade na liberação dos licenciamentos ambientais. Com execução a partir deste ano estão o planejamento estratégico e o projeto de ampliação da sede. A reunião de segundas-feiras, com palestras abertas à comunidade voltam a ocorrer no dia 11 de março.
INTERNACIONAL: No dia 27, às 7h30, será lançado na sede da ACIJ o Meeting Comex 2019, o maior evento sobre comércio internacional do Sul do país. Na oportunidade será apresentada a programação da oitava edição, direcionada aos profissionais e executivos de comércio exterior. O evento vai reunir 600 pessoas, no mês de abril, no Centro de Convenções e Exposições Expoville.
TRIBUTOS: Gestão tributária, postura dos órgãos de fiscalização e malha fiscal são os principais assuntos do 1º Fórum de inteligência fiscal de Joinville. O evento gratuito acontece no dia 28, é direcionado aos profissionais da área de contabilidade. Será no Salão Nobre, das 10h às 17h, com organização do Núcleo de Empresas Contábeis da ACIJ.
Agenda
- 27 e 28/02, curso: Entrevista por competências, das 18h30 às 22h30, na Sala Moacir Bogo.
- 27/02, palestra: Coaching e análise comportamental para revolucionar o ensino, das 19h às 20h30, na Sala João Martinelli.
- 12/03, curso: Formação de preposto na Justiça do Trabalho, das 08h30 às 17h30, na Sala Nivaldo Nass.
Você sabia?
O Banco Central do Brasil informou que a economia cresceu 1,15% em 2018 na comparação ao ano anterior.