Quem nos representa? Em quem podemos confiar? Como vamos reconstruir o Brasil? Afinal de contas, a classe política que está em Brasília foi eleita por nós para nos representar e não podemos fugir de nossas responsabilidades. Queiramos ou não, nossos deputados, senadores e presidente da República são o extrato da sociedade ou, pelo menos, da maioria dela.
Se temos corruptos e corruptores no comando, de certa forma eles chegaram lá com o apoio da maioria da população – por sinal ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, democracia vista como exemplar, onde Donald Trump chegou à presidência mesmo tendo feito votação inferior a de Hilary Clinton. Trump também já tem seu mandato ameaçado, após suspeita de informações estratégicas para a Rússia.
As recentes delações acusando Michel Temer e Aécio Neves põem em risco mais uma vez as instituições brasileiras e exigem de toda população maturidade e cautela no trato com os fatos.
Se não confiamos integralmente no Judiciário, temos ao menos uma carta constitucional que pode e deverá nos amparar em relação aos próximos passos. Está sujeita a interpretações, alertarão os juristas. Mas é o que temos e, com bom senso e equilíbrio, haveremos de construir uma nova democracia.
Precisávamos sim chegar ao fundo do poço, para emergirmos renovados, com a “ficha zerada”, limpos para dar início à uma nova jornada. Independente do que vier acontecer ao presidente Michel Temer (renúncia, impeachment ou nada), temos que continuar a trabalhar de forma ordeira e progressiva, como pede o lema em nossa bandeira.
Nossa contribuição, como brasileiros, deve ser de fiscalização permanente dos atos públicos, mas sem jamais descuidar do trabalho, do empreendedorismo, dos investimentos, que giram a roda da economia e que resultam em riqueza e impostos, que em última análise mantém o país e o atendimento das necessidades mais básicas da população.
O empresário precisa sim participar do processo político e agora, mais do que nunca, estar presente nas decisões que deverão nortear o futuro de um novo país. De um país que precisa, com urgência, se reinventar.