Mais de 360 mil veículos compõem a frota que circula diariamente pelas ruas de Joinville. A exemplo dos grandes centros do país, a cidade enfrenta problemas de trânsito devido à falta de planejamento e ao excesso de automóveis, além de não haver prioridade ao transporte coletivo. A Acij entende que essa estrutura defasada pode prejudicar o crescimento e o desenvolvimento da região, por isso defende a duplicação de avenidas importantes, como a Santos Dumont, Dona Francisca, Hans Dieter Schmidt e Edgard Nelson Meister.
Para o presidente do Perini Business Park, Marcelo Hack, vice-presidente da Acij, as estruturas viárias do Norte catarinense não recebem a atenção necessária. “As obras na Dona Francisca não começaram, e na Santos Dumont já tiveram início nas proximidades do aeroporto, mas a parte mais importante, perto do Centro, ainda está parada”, observa.
Para debater o assunto, a associação recebeu no dia 28 de março o secretário de Estado da Infraestrutura, João Carlos Ecker. Segundo ele, 80% da produção joinvilense é escoada por rodovias. Na ocasião, Ecker entregou o projeto de duplicação do Eixo Industrial Norte e destacou que o projeto da Dona Francisca está pronto, com custo estimado de R$ 80 milhões.
Com cultura atrelada ao carro, símbolo de status e realização pessoal, e um modelo de transporte dependente do modal rodoviário, o reflexo nos resultados das empresas é inevitável. “As ações de infraestrutura têm a característica de proporcionar redução de custos de produção. Não só para os empresários, mas para a população em geral, qualquer tipo de investimento viário tende a melhorar o cotidiano”, afirma Hack.
O executivo reitera que o envolvimento de entidades empresariais, como a Acij, é importante para colocar obras viárias como prioridade na agenda de investimentos públicos: “O empresário, diante da falta de infraestrutura adequada, vê a perda de competitividade em toda a operação, do custo de manutenção do caminhão de transporte à diminuição da competitividade no recebimento e entrega das mercadorias. Além da queda da produtividade da equipe em função do trânsito”.