O Governo Federal anunciou na última semana que terá como prioridades para este segundo semestre a aprovação da reforma Previdenciária e a aprovação do teto de gastos públicos, deixando para 2017 a modernização da legislação trabalhista.
Claramente, o presidente Michel Temer quer evitar mais desgastes com a opinião pública, diante de uma série de comunicações truncadas de seus ministros, que tem levado a sociedade a imaginar perdas de direitos e cortes severos nas conquistas trabalhistas e sociais.
O presidente da República, bem como sua base aliada, carece de apoio para levar a frente propostas que são fundamentais para a retomada do desenvolvimento econômico e social do país.
Todos têm consciência que o Brasil somente sairá da situação difícil que se encontra com alguns sacrifícios. Da mesma forma, praticamente todos os setores profetizam o caos quando um desses sacrifícios afeta diretamente o seu segmento.
O corte, infelizmente, precisa ser na carne, tanto para o próprio Governo, quanto para os setores produtivo e de trabalhadores. A sociedade brasileira será penalizada pelos erros e desmandos cometidos nos últimos anos. Como sempre, a conta será paga por todos nós. Cabe ao Governo Federal fazer a melhor distribuição possível desse passivo.
A modernização da legislação trabalhista, a reforma fiscal (de certa forma contemplada com o teto para gastos do Governo) e as reformas previdenciária e tributária, são fundamentais para que o Brasil volte para os trilhos.
Um voto de confiança, e a manifestação de apoio ao Governo e aos parlamentares, neste momento em que o Brasil precisa ser passado a limpo, é indispensável para que voltemos a ser um país que coloque em prática o que apregoa em sua bandeira: ordem e progresso.
A retomada do desenvolvimento passa, obrigatoriamente, por medidas duras, por um remédio amargo, que a sociedade precisa dividir, da forma mais equânime possível.