Uma parceria entre Polícia Civil, ACIJ e Unisociesc está viabilizando a concretização de um importante programa social e comunitário de suporte psicológico a vítimas de crimes ou a seus familiares, em Joinville.
O programa prevê atendimento psicológico a pessoas envolvidas em situações de ameaça à vida, à integridade corporal ou à sanidade mental em decorrência de espancamento ou agressão física, acidente ou lesão, tiro ou facada, morte súbita e inesperada de um membro da família ou amigo, assalto, testemunha de morte ou refém de assalto ou sequestro e ainda para vítimas de racismo e de injúria racial. O suporte também é previsto em casos de atentados contra a própria vida.
O primeiro atendimento é feito pela psicóloga da Delegacia Regional de Polícia, que faz o acolhimento e a triagem para posterior encaminhamento à clínica acadêmica da Unisociesc ou para profissionais do Núcleo de Psicólogos Empreendedores da ACIJ, que participam do programa de forma sistemática e voluntária.
A intenção é que as pessoas atendidas pelo programa possam se recuperar e se readequar à vida cotidiana em aspectos que tenham sido prejudicados em consequência de crimes.
“Há um arcabouço estatal voltado a garantias e direitos do acusado de cometer um crime. A lei prevê que o Estado vá até o criminoso para verificar se algum direito foi violado. Mas em que momento vai às vítimas para saber se estão precisando de algum cuidado estatal? O projeto busca amenizar esta distorção legislativa”, observa a delegada regional de Polícia Civil, Tânia Harada.
“O projeto conduzido pela Polícia Civil tem contribuído para amenizar o sofrimento de quem está fragilizado por situações inesperadas. Iniciativas como esta devem ser fomentadas e apoiadas para que, com o tempo, sejam implementadas em nossas políticas públicas, fazendo com que cada vez mais pessoas sejam beneficiadas”, afirma o presidente do Núcleo de Psicólogos Empreendedores da ACIJ, Cassiano Luiz Veiga.