O governador em exercício Eduardo Pinho Moreira extinguiu 15 agências regionais (antes secretarias regionais) e quatro secretarias executivas: Articulação Estadual, Assuntos Estratégicos, Assuntos Internacionais e Supervisão dos Recursos Desvinculados. Serão extintos 185 cargos comissionados e a previsão de economia é de R$ 50 milhões até o fim do ano.
A sociedade vem dando recados de que, desta vez, os resultados nas urnas poderão ser bem diferentes dos últimos anos.
Alheia às disputas partidárias e aos interesses politiqueiros de manutenção de cargos comissionados no Governo, a sociedade catarinense aplaude a medida e espera mais. É um bom exemplo do que pode ser feito para reduzir gastos no Estado, mas acreditamos que é só o começo. Muitas outras estruturas podem ser reduzidas, extintas ou incorporadas por setores afins.
O mesmo movimento deve ser feito pelos municípios e também pelo Governo Federal. A Assembleia Legislativa, por exemplo, poderia fazer algo parecido, reduzindo sua pesada estrutura e devolvendo o prédio adquirido no apagar das luzes, ao final de 2017, com valor superior a R$ 85 milhões.
A verdade é que Estados e Municípios não tem dinheiro para manter suas escolas e hospitais, mas muito pouco é feito para sobrar algum no caixa no fim do mês.
Cansada, a sociedade vem dando recados de que, desta vez, os resultados nas urnas poderão ser bem diferentes dos últimos anos. O carnaval mostrou ao Brasil inteiro que estamos totalmente descrentes nos políticos e na política tradicional.
Talvez tenhamos em outubro deste ano a maior chance de colocar a frente dos cargos públicos pessoas que se pautem realmente pelo espírito público. Ao extinguir estruturas e cargos, Pinho Moreira se desfaz de alguns “anéis” porque sabe que somente desta forma poderá, talvez, “salvar os dedos”.
O exemplo é bom, mas precisa ser ampliado, multiplicado em todas as estruturas de governo, em todas as esferas, e nos três poderes. Do jeito que está não dá pra continuar. O Governador, pelo visto, já percebeu isso!